Por: Folha de Dourados
Pesquisadores da Embrapa Pantanal participam de vitrine tecnológica sobre o tema
De primeiro a cinco de fevereiro, pesquisadores da Embrapa e parceiros atenderam aos visitantes do Show Rural Coopavel interessados nos princípios da agroecologia – um sistema agrícola que trabalha com os ciclos, funções e processos da natureza como forma de produzir bens úteis de alta qualidade, causando o menor impacto possível ao meio ambiente. A instituição integra uma parceria de 11 organizações que se uniram para realizar a Vitrine Tecnológica de Agroecologia do evento. Tecnologias desenvolvidas em todo o Brasil foram aplicadas em uma área de 2.600 m², com 167 espécies e variedades vegetais, simulando uma pequena propriedade rural.
“Temos a área de lavouras com feijão, mandioca e adubos verdes, além de arroz, soja, milho e batata doce. Também estamos trabalhando com algumas plantas alimentícias não convencionais, como taioba e açafrão-da-índia. Temos ainda a estufa de bambu e tecnologias como o aquecedor solar de garrafa pet”, diz o pesquisador da Embrapa Pantanal, Alberto Feiden. Ele e o pesquisador Aurélio Borsato, da mesma unidade, fizeram parte da equipe que atendeu o público do evento. “No ano passado, estimamos 20 mil pessoas passando por aqui. Em 2016, tivemos cerca de 30 mil visitantes”, informa Alberto.
Entre os parceiros que realizam a vitrine estão a Embrapa (com a participação de 14 unidades de pesquisa e mais de 60 tecnologias expostas), Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná (Adeop), Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (Capa), Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, Coopavel, Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (Biolabore), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Itaipu Binacional, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater – PR), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
Do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Alberto e Aurélio levaram algumas tecnologias para expor aos produtores da região do Paraná. “Entre elas, um sistema de irrigação alternativo feito com garrafas pet, alimentação proteica para animais no período de seca e inverno, adubação verde, conceitos de agroecologia e a relação entre a biodiversidade e o controle de pragas e doenças”, diz Aurélio. Esta última, segundo o pesquisador, é feita usando conhecimentos sobre a cadeia alimentar de insetos e outros organismos presentes nas plantações, promovendo condições de alimentação, abrigo e procriação para os desejáveis e inibindo essas condições para os indesejáveis. “O pessoal da agricultura convencional vem saber como a gente controla pragas para economizar dinheiro”, conta.