Em nota, sindicato diz que morte de mil animais em fazenda de MS é fato isolado
O Sindicato Rural de Ribas do Rio Pardo informou, por meio de nota, que a morte de mais de mil bovinos na Fazenda Mônica Cristina, próximo à Campo Grande, é considerado um “episódio de forma isolada, sem nenhum risco de contágio da doença para outros bovinos. Não existe possibilidade de o caso gerar desconforto para a população, por não se tratar de um problema infectocontagioso”.
Um vídeo do jornal Folha da Região, de Araçatuba, é possível ver diversos animais mortos em meio a bovinos ainda vivos. O prejuízo do dono da propriedade, é de cerca de R$ 2 milhões.
A morte de pelo menos 1,1 mil cabeças de gado está sendo acompanhada por equipes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul) e do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) desde a última quinta-feira (3). A suspeita é que os animais tenham sido infectados por botulismo, doença que ataca o sistema nervoso do gado.
De acordo com nota técnica divulgada pela Iagro, foram encaminhadas à Unidade Laboratorial de Raiva e Botulismo do Laboratório de Diagnósticos de Doenças Animais e Análises de Alimentos – LADDAN/IAGRO, amostras para diagnóstico diferencial de raiva e botulismo. Essas amostras foram encaminhadas pelo Setor de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
No dia seguinte, equipes foram até a fazenda para fazer as notificações. Segundo o dono da propriedade, o pecuarista Persio Airton Tozzi, das 1,7 mil cabeças da fazenda, 600 já estavam mortas. Mais amostras dos animais foram recolhidas.
Na segunda-feira (7), a equipe da Iagro voltou à fazenda e constatou morte de mais 500 cabeças de gado, totalizando 1,1 mil mortes. “Vale ressaltar que também havia lotes de bovinos e ovinos fora do confinamento, que não apresentaram nenhuma sintomatologia e ou morte. Nos demais animais da propriedade não foram constatadas doenças infectocontagiosas”, informa a nota.
A suspeita dos especialistas é que tenha havido falha na fabricação das rações dadas aos animais e que por conta disso bactéria tenha se espalhado no organismo do gado. A expectativa é que os exames laboratoriais que irão comprovar ou não o botulismo fiquem prontos em até 20 dias.