Delcídio recorreu até a empréstimo consignado.
Além de revelar a tentativa de ‘comprar’ o silêncio de Delcídio do Amaral, o diálogo entre o ministro da Educação Aluízio Mercadante e o assessor do ex-petista, José Eduardo Marzagão, trouxe à tona a situação financeira precária do senador. No áudio da conversa feito em dezembro do ano passado e publicado nesta terça-feira (15) pela revista Veja, ficou evidente as dificuldades enfrentadas, tendo em vista que o delator estava preso à época.
Na conversa Mercadante diz que pode ajudar Delcídio, vindo em Mato Grosso do Sul para conversar com a esposa do senador, Maika do Amaral. Nesta hora o assessor revela que “para se ter ideia” eles estavam vendendo a casa e os carros para arrecadar dinheiro. A fazenda ainda não porque não é somente dele. Inclusive o irmão viria a Campo Grande para “tratar desses assuntos financeiros mesmo”.
Marzagão revela, ainda, que a situação financeira está tão comprometida que o senador tem desconto em folha de empréstimo consignado. “O salário do Delcídio tem empréstimo consignado, que ele está pagando”. Esta é a brecha para que o ministro ofereça mais uma vez ajuda.
“Bom, isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu possa ajudar. Eu só to aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar”.
Maus lençóis – A tentativa de comprar o silêncio do parlamentar foi feita para que ele não fizesse delação premiada e, assim, preservasse o nome da presidente da República Dilma Rousseff (PT). Com a divulgação do áudio, Mercadante concedeu coletiva de imprensa e disse que a chefe do Executivo nada tem a ver com sua atitude.midiamax