Em “Dia de Alerta”, Policiais Civis cruzam os braços hoje
Falta de condições de trabalho e com baixos salários categoria pede atenção do Poder Público
Denominado “Dia de Alerta”, Policiais Civis de Mato Grosso do Sul vão paralisar os serviços nesta sexta-feira (1º), durante 12h. O motivo é com relação ao descaso do Poder Público diante da valorização do profissional. Em frente às delegacias os funcionários vão distribuir panfletos à sociedade explicando o motivo do manifesto.
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Segundo o policial e presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), Giancarlo Correa Miranda, de 35 anos, o salário do policial não condiz com o trabalho que eles desempenham. “Para ingressar na carreira é necessário ter nível superior, além de ter o curso, e não há contrapartida do Estado em valorizar a classe”, justificou.
Além de pedirem reajuste salarial, uma das indignações é com relação a falta de estrutura e de condições de trabalho. “Hoje o policial é tido como herói. Ele tem que trabalhar com pouco recurso e com salário baixíssimo, e mesmo assim não deixa de trabalhar, mas estamos cansados”, alegou.
O salário atual do policial é de R$ 3.600, os mais de dois mil integrantes pedem reconhecimento do nível superior, que eleva o holerite para R$ 6.300. “Essa indignação não é de agora, é histórica. Nunca houve planejamento na segurança pública. Mas a população pede a segurança como prioridade, só falta o governo colocar”, destacou.
Durante a paralisação os policiais estarão no Hemosul fazendo doação de sangue. Os casos emergenciais serão atendidos normalmente nas delegacias.
SERVIÇOS PARALISADOS
Não se fará registros de ocorrências, salvo aquelas relacionadas com prisões em flagrante, homicídios, remoção de cadáveres em residências ou em vias públicas, desaparecimento de menores e lei Maria da Penha.
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• Os rádios ficarão ligados e somente serão utilizados nos casos acima previstos. Contatos devem ocorrer apenas via telefone.
• Não serão realizadas quaisquer diligências pelos policiais civis de plantão.
• Não serão realizadas diligências referentes a ordens de serviço ou investigações de qualquer tipo ou natureza.
Não será feita escolta de presos;
• Presos não serão conduzidos para atendimento ambulatorial, salvo em casos de emergência;
• Não haverá atendimento de advogados ou de oficiais de justiça, salvo estes últimos para cumprimento de alvarás de soltura;
Fonte: Correio do Estado
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