El Niño altera dinâmica de pragas no Brasil

“Cada localidade sofre de maneira diferente com a ação do fenômeno”
A chegada do El Niño no Brasil pode alterar a dinâmica de pragas no Brasil e começa a exigir uma maior atenção dos agricultores nesse momento. De acordo com o agro-meteorologista da Climatempo, João Castro, o El Niño estará totalmente desenvolvido até o final do ano, afetando diretamente a safra de verão de 2018/2019.

“Cada localidade sofre de maneira diferente com a ação do fenômeno, mas em todos eles é necessário estar preparado e atento às previsões de mudanças nos padrões de distribuição das chuvas, para evitar atrasos de plantio e perdas de produtividade devido à exposição prolongada à seca “, comenta.

Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, o El Niño promove uma mudança na distribuição de chuvas em todo o mundo, afetando consideravelmente a agricultura. No Brasil, os efeitos do fenômeno são chuvas excessivas no Sul, seca no Nordeste e precipitação irregular no Centro-Oeste. O cenário é propício ao aumento de pragas e doenças em quase todas as culturas, o que coloca os agricultores em alerta e reforça a importância do monitoramento

Segundo Luis Fernando Andrade, gerente da IHARA Insecticide Products, “as regiões onde o clima é mais quente e mais seco do que o normal tendem a encontrar uma maior incidência de pragas, porque a chuva é um controle natural e a temperatura mais alta acelera o ciclo de pragas”.

Para Andrade, a próxima safra, principalmente na região do MAPITOBA, deve ser acompanhada de um aumento na incidência de moscas-brancas e percevejos nas lavouras de soja, milho e algodão. “Os agricultores precisam intensificar o monitoramento e estar preparados com as medidas de controle que já utilizam. O importante é observar alguns ajustes, como tomar cuidado para não aplicar pesticidas nos momentos mais quentes”, afirmou.

Fonte: Agrolink
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