O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (25), em dia de menor tensão com os mercados globais apostando em medidas de estímulo sem precedentes nos Estados Unidos para aliviar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus.
Na cena doméstica, os investidores repercutiram dados sobre inflação e atividade do setor de serviços e monitoraram também as reações ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, que chamou a doença de “resfriadinho”, contrariou especialistas e pediu o fim do “confinamento em massa”.
A moeda norte-americana caiu 0,93%, vendida a R$ 5,0327. Na mínima do dia, chegou a R$ 4,9734. No dia anterior, o dólar fechou em queda de 1,05%, a R$ 5,0814. Na parcial do mês, a moeda acumula alta de 13,40%. No ano, o avanço é de 26,72%
Influências internas e externas
Na madrugada, congressistas e autoridades norte-americanas chegaram a um acordo sobre um pacote de estímulo econômico de US$ 2 trilhões nos Estados Unidos para aliviar o dano econômico a empresas e famílias decorrente da pandemia de coronavírus.
O pacote deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. O valor equivale a aproximadamente R$ 10,2 trilhões, o que representa um montante maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em valores correntes, que em 2019 totalizou R$ 7,3 trilhões.
No Brasil, o Banco Central (BC) realizou leilão de até US$ 3,3 bilhões para rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra que vencem no próximo dia 2. Na véspera, o BC não realizou leilões de câmbio.
“O Banco Central não está tentando estancar a alta (do dólar), só está tentando deixar o mercado mais tranquilo”, disse à Reuters Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. “O BC vem agindo para dar a liquidez necessária no momento, não está preocupado se está vendendo barato ou caro.”
Fonte: Fiems