O dólar subiu 1,46% nesta sexta-feira (2) e fechou cotado a R$ 3,2149. A cotação da moeda americana foi influenciada pelo relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que mostrou criação de vagas acima do esperado e aumentou as chances de uma quarta alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) neste ano.
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Desde quinta-feira (1º), o G1 passou a usar como referência a cotação do dólar fornecida pelo Valor PRO, serviço de informação financeira do jornal Valor Econômico.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,36% nesta quinta-feira (1º), cotado a R$ 3,1687.
“Com o dado, a tendência de elevação de juros nos EUA se confirma e a pressão no dólar global e local aumenta”, disse o economista da gestora Infinity Asset, Jason Vieira.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, foram criados 200 mil postos de trabalho no mês passado, ante previsão de abertura de 180 mil vagas.
Os salários no país registraram o maior ganho anual em mais de oito anos e meio, ampliando assim as expectativas de que a inflação vai acelerar neste ano com o mercado atingindo o pleno emprego.
Autoridades do Fed demonstraram na quarta-feira otimismo de que a inflação subirá para a sua meta ao deixar inalterada a taxa de juros. O banco central norte-americano prevê três altas neste ano, e os mercados apostam em uma elevação em março.
No exterior, o dólar ampliou a alta ante uma cesta de moedas após os números e também ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano.
Internamente, o mercado segue monitorando o noticiário sobre a reforma da Previdência, com o presidente Michel Temer afirmando que considera ter feito a sua parte pela aprovação do texto.
Na véspera, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que a reforma ainda não tem os votos necessários para ser aprovada na Câmara. O primeiro turno de votação está marcado para 19 de fevereiro e o texto precisa de 308 votos pelo menos.
“A cautela local se soma à global e pressiona o dólar”, resumiu o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
O Banco Central não anunciou, por enquanto, qualquer intervenção no mercado de câmbio. Vencem em março US$ 6,154 bilhões em swap cambial tradicional –equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
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