Dólar fecha em queda nesta segunda, após forte alta na semana passada
O dólar recuou nesta segunda-feira (29), após fortes ganhos na semana passada, acompanhando o movimento de queda da divisa norte-americana no exterior. A moeda norte-americana recuou 0,64%, a R$ 5,4258. Na mínima da sessão, o dólar chegou a R$ 5,3937. Na máxima, foi a R$ 5,4709.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 2,34%, a R$ 5,4609, acumulando alta de 2,7% na semana. Foi a terceira semana consecutiva de ganhos frente ao real, depois de chegar a cair abaixo de R$ 5 no início do mês. Na parcial do mês, o avanço é de 1,68%. No acumulado de 2020, a alta está em 35,31%.
Nesta segunda-feira, o Banco Central realizou o leilão para rolagem de até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021, destacou a Reuters.
Cenário local e externo
Lá fora, prevaleceu a cautela nos mercados à medida que os investidores evitaram apostas mais arriscadas em meio ao ressurgimento dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos e em outros países. Dados divulgados nesta segunda-feira, porém, mostram que a recuperação da confiança econômica na zona do euro se intensificou em junho após retomada modesta em maio, com melhora em todos os setores.
A confiança geral subiu a 75,7 pontos em junho de 67,5 em maio, ainda aquém das expectativas do mercado de 80,0 e bem abaixo da média de 100 desde 2000. Na cena doméstica, os economistas do mercado financeiro voltaram a piorar as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020.
A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,54%, segundo o boletim “Focus” do Banco Central. . Os analistas também passaram a prever um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A nova estimativa é de que a taxa encerre o ano em 2%.
Além da maior incerteza econômica e temores de uma segunda onda global de contágio por coronavírus, a redução da Selic a mínimas históricas é apontada por analistas como fator de impulso para o dólar, uma vez que torna rendimentos locais atrelados aos juros básicos menos atraentes.
Fonte: Fiems