Dólar fecha em queda após Dilma confirmar permanência de Levy
O dólar fechou esta segunda-feira em queda frente ao real. O impacto limitado dos atentados terroristas na França para os mercados e declarações da presidente Dilma Rousseff confirmando a permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo contribuíram para amenizar a aversão a risco no mercado local, que junto com fluxos pontuais de recursos, sustentaram a queda da moeda americana em meio a um pregão de baixa liquidez.
O dólar comercial recuou 0,35%, encerrando a R$ 3,8185. Já o contrato futuro para dezembro caía 0,85% cotado a R$ 3,833. Já o euro recuava 1,55% para R$ 4,0773.
O dia foi de grande volatilidade, com a moeda oscilando entre a máxima de R$ 3,8612 e mínima de R$ 3,8143. No período da tarde, fluxo pontal de recursos acabou levando o dólar a fechar em queda , em dia de baixo volume de negócios.
Após especulações sobre a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff, que está na reunião do G-20 na Turquia, reafirmou nesta segunda-feira, que o ministro “fica onde está” e classificou os rumores sobre a permanência dele do governo como “nocivos”.
O mercado espera que o ministro deixe o cargo no fim do ano, mas ainda há grande dúvida sobre quem será o seu substituto.
Diante desse cenário de incertezas nos mercados local e externo, os investidores evitam ampliar as posições na moeda americana.
A reação dos mercados hoje aos atentados terroristas na França foi bastante modesta. A avaliação é de que ainda é muito cedo para avaliar o impacto desse evento para a economia da Europa, o que poderia afetar os países emergentes. Além disso, o mercado espera mais estímulos por parte do Banco central Europeu (BCE), que poderiam limitar esses efeitos.
Lá fora, o dólar caía 0,19% em relação ao rand sula-africano, e subia 0,75% diante da lira turca e 0,65% frente ao peso mexicano.
No mercado local, o Banco Central renovou hoje mais 12.120 contratos de swap cambial que venceriam em dezembro, cuja operação somou US$ 587 milhões.