O dólar começou junho em firme alta ante o real, que teve o pior desempenho entre as principais moedas na primeira sessão do mês, conforme as operações domésticas reagiram a um noticiário doméstico ainda visto com cautela. A moeda norte-americana subiu 0,94%, a R$ 5,3868. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,3112. Na máxima foi a R$ 5,4187.
Em 2020, a moeda acumula avanço de 34,34%. Com a moeda brasileira liderando as perdas globais na sessão, o Banco Central anunciou dois leilões no mercado à vista, vendendo um total de US$ 530 milhões das reservas, segundo a agência Reuters.Ainda assim, o dólar apenas saiu das máximas e seguiu em firme alta.
Cenário externo e interno
No cenário local, o clima foi de tensão com o conflito crescente entre os poderes Executivo e Judiciário das últimas semanas pesando nos mercados locais, além das manifestações pró e contra o presidente Jair Bolsonaro durante o fim de semana. Na agenda de indicadores, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% em 2020. Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 5,03 por dólar para R$ 5,08 por dólar. No exterior, os mercados operaram sem viés definido, com os investidores cautelosos em meio a protestos nos Estados Unidos e também relativamente aliviados depois que a resposta dos Estados Unidos à lei de segurança nacional da China sobre Hong Kong não foi tão ruim quanto se temia.
Dados sobre a atividade da China também permaneceram no radar dos operadores, elevando os ânimos em meio a sinais de recuperação na segunda maior economia do mundo. A atividade industrial chinesa voltou inesperadamente a crescer em maio, uma vez que as medidas de contenção do coronavírus foram aliviadas.
Fonte: Fiems