Da REUTERS
São Paulo – O dólar recuava mais de 1,5% e rondava o patamar de 3,55 reais, após o Banco Central novamente vender uma fatia pequena dos swaps cambiais reversos ofertados em leilão e em meio à briga pela formação da Ptax de março.
Às 11h36, o dólar recuava 1,59%, a 3,5634 reais na venda. A moeda norte-americana atingiu 3,5489 reais na mínima da sessão, menor nível intradia desde 25 de agosto (3,5135 reais).
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“Parece que o BC quer desacelerar a queda do dólar, mas não a qualquer custo”, resumiu o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
O BC vendeu nesta manhã apenas 2,9 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, em leilão de até 17 mil contratos. Na oferta de até 20 mil contratos conduzida na sessão passada, a autoridade monetária havia vendido apenas 3 mil contratos.
Alguns operadores acreditam que o BC teria como objetivo evitar cotações muito baixas do dólar, de forma a proteger as exportações em um momento de recessão econômica.
Discutia-se inclusive a possibilidade de a autoridade monetária ter em vista o nível de 3,60 reais como um piso, mas essa interpretação perdeu um pouco de força nesta sessão.
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A volatilidade do mercado nesta sessão era influenciada também pela briga pela formação da Ptax de março, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais.
Três operadores consultados pela Reuters disseram acreditar que, nesta sessão, a pressão de baixa sobre o dólar relacionada à Ptax era mais forte do que a pressão de alta.
O dólar vem sofrendo forte pressão de queda nas últimas semanas conforme cresceram as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Muitos operadores apostam que eventual troca de governo poderia ajudar a resgatar a confiança no país, mas alguns ponderam que a instabilidade política tende a pressionar a confiança.
Nesta sessão, o foco estava nos esforços do governo para se defender, com a participação do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na comissão do impeachment.
Também continuava no radar a configuração partidária do governo, após notícia de que seis ministros do PMDB vão contrariar o partido e continuar em seus cargos por ora.
“Não tem como fugir do noticiário político, que vai continuar sendo o fator mais importante do mercado local”, disse o operador de uma corretora internacional.
Matéria atualizada às 12h50
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