As apreensões de drogas nas fronteiras sul-mato-grossense, cresceram 31,97% nos últimos dois anos, em comparação com os anos de 2015 e 2016. A estatística é do Departamento Operacional de Fronteira (DOF).
Os números se referem a maconha e pacotes de cigarros apreendidos. Em 2015, com relação a maconha, foram confiscados durante o ano todo, 46.424.584 toneladas. No ano subsequente, a apreensão cresceu para 60.265,049 toneladas.
Em 2017, o número de apreensão de maconha subiu 49%: foram apreendidos 97.090.091 toneladas da droga. Neste ano, até o dia 31 de outubro, o DOF apreendeu 43.257,061 toneladas de maconha, número próximo de 2015, lembrando que não estão sendo contados os dois últimos meses de 2018.
Com relação a apreensão de cigarros, houve um crescimento expressivo ano passado e em 2018. De acordo com o balanço do DOF, em 2015 e 2016, o Departamento apreendeu 1.270,42 pacotes de cigarros. No ano passado e até dia 31 de outubro deste ano, a apreensão foi de 2.142,20 pacotes, ou seja, 68,6% a mais que nos anos citados.
Em 2015, foram apreendidos 812.258 pacotes, contra 458.162 no ano seguinte. Ano passado foi a maior apreensão de cigarros, desde 2014: 1.230.188 pacotes. Este ano, até outubro, o DOF apreendeu 912.012 pacotes.
De acordo com o coronel do DOF, Kleber Haddad Lane, o resultado obtido em dois anos deve-se também as prioridades em locais que antes não tinham fiscalização. “Demos prioridade em alguns pontos, em algumas áreas que não tinha policiamento, e que com isso aumentou o número das apreensões”.
As áreas citadas pelo coronel é na fronteira do Paraná e São Paulo. “As divisas com São Paulo e Paraná não tinham fiscalização do DOF. Há muitos anos não se colocava policiamento lá e demos prioridade àquelas áreas”.
Ainda segundo o coronel, as apreensões do DOF continuam sendo maiores na fronteira com o Paraguai. “Em 2017, trabalhamos com 27 policiais a menos. A troca de serviço está sendo feita no local, não se recolhe mais as duas equipes a que entra e que sai para fazer a troca de serviço. Isso dá agilidade”.
A previsão para o próximo ano é de aumentar a equipe. “Uma das prioridades do governador do Estado, Reinaldo Azambuja é a fronteira. Esperamos mais policiais, mais equipamento, como viaturas, armamento, mais equipamento individual do policial, esperamos efetivo maior também”.
Segundo Lane, também há expectativa de uma ajuda maior do Governo Federal. “Quando o presidente eleito, Jair Bolsonaro visitou o DOF no início do ano, ele afirmou que caso fosse eleito, daria uma grande força para a fronteira sul-mato-grossense”.
CORREIO DO ESTADO