A cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Na foto, a ministra aparece diante de bandeira do Brasil sorrindo e com as mãos juntas – MetrópolesHugo Barreto/Metrópoles
O discurso de posse de Simone Tebet como ministra do Planejamento foi, nas palavras de um próprio petista, de alguém que “chegou chegando”.
A nova ministra desejou marcar posição logo de cara, rebateu futricas de divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua turma, que ficou surpresa com o tom de Tebet.
No Salão Nobre do Planalto, a ministra chegou afiançada e com o respaldo do presidente Lula. Fez revelações que desarmou os que divergem dela.
Contou que recebeu o envelope do presidente com a anotação da futura pasta destinada a ela, que se abriu com Lula e disse que tinha muita divergência com Haddad para assumir o cargo e que desejava mesmo era a área social. E surpreendeu a todos quando disse que Lula aquiesceu, que são essas contradições que ele gosta de ver na sua equipe.
Ou seja, não optou por um discurso floreado, com bordões de esperança e expectativas. Tebet desejou, e conseguiu, se colocar de cara. De agora em diante, não vai precisar mais se preocupar com notinhas e noticiário sobre sua incompatibilidade com setores da área econômica.
Aliás, já antecipou isso: se colocou ao lado de Geraldo Alckmin e jogou para outro lado Haddad e Ester Dweck, ministra da Gestão. Não petistas “versus” petistas. Mas sem perder a ternura.
(Metrópoles)