“Lula é um conciliador, nunca foi uma pessoa radical que não soubesse construir consensos, nem tampouco criar pontes”, disse
Dilma: preso ou solto, condenado ou absolvido, Lula reconstruirá o país
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É importante que as eleições não sejam manipuladas, afirmou a ex-presidente petista Dilma Rousseff, em entrevista à rede britânica BBC, nesta quarta-feira (16), quando perguntada se os brasileiros aceitariam o resultado eleitoral em outubro sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há um mês, no pleito.
“É importante que a população brasileira tenha convicção disso [da não manipulação]”, disse Dilma. “Você não acha que houve um golpe no Brasil, eu acho que houve. E eu tenho mais experiência de golpe que o senhor”, disse ao entrevistador Shaun Ley.
“Eu vivi um golpe da ditadura militar dentro de uma prisão. Eu sei a capacidade da elite brasileira de ser golpista. Há um processo no Brasil e ele tem que ser interrompido pelo bem dos brasileiros”, afirmou a ex-presidente.
Para ela, quem pode ajudar a interromper esse processo e estabilizar as condições democráticas do país é Lula, que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).
“Temos que restabelecer as condições democráticas, inclusive nas instituições. Eu acredito, de uma forma muito forte, que o presidente Lula pode ajudar nessa estabilização”, disse Dilma. “Eu acredito em mais do que isso. Preso ou solto, condenado ou absolvido, ele será necessariamente uma presença na reconstrução do Brasil.”
O petista também é a resposta para a divisão do país, que vai da “Suprema Corte ao local mais humilde”, segundo Dilma.
“Lula é um conciliador, nunca foi uma pessoa radical que não soubesse construir consensos, nem tampouco criar pontes”, disse, lembrando que o ex-presidente é criticado pelas alianças que fez para governar. Com informações da Folhapress.