Depois de ter sido preso, em 25 de novembro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e em desdobramento da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT) fechou seu escritório político em Mato Grosso do Sul e dispensou a maior parte dos funcionários, conforme matéria publicada na Folha de São Paulo.
Em seguida, o único irmão de Delcídio, Ramão do Amaral, esteve em Campo Grande, onde se responsabilizou em levar a esposa e as duas filhas do senador para Florianópolis (SC), onde o petista tem apartamento.
A mudança de endereço foi tomada pelo senador como forma de proteger sua família do assédio, que segundo ele, vinha sofrendo em Mato Grosso do Sul.
ESCÂNDALO
Em gravações, Delcídio do Amaral aparece tramando plano para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, com providências, inclusive, relacionadas a fuga para a Espanha.
Já o senador, alegou que a promessa feita a Cerveró era apenas blefe. Os dois trabalharam juntos entre 1999 e 2001, quando o petista foi diretor de gás da Petrobras e, Cerveró, seu principal subordinado. A tese do blefe, no entanto, não foi aceita pelo STF, que manteve a prisão de Delcídio.
O senador nega, mas já foi citado por três delatores como destinatário de propina da Petrobras. Cerveró, por exemplo, disse que acertou pagamento de US$ 2 milhões de propina de contratos de navios-sonda para a campanha do petista em 2006 e ele também teria recebido US$ 19 milhões da Alstom durante o governo FHC. CORREIO DO ESTADO