O que se sabia no início da manhã sobre o motivo da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT) era que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia autorizado a detenção por indícios de que o petista estaria atrapalhando as investigações da Lava Jato, agora, três horas depois da prisão inédita de um senador da República, informações mais concretas são confirmadas. A suspeita é que Delcídio tenha oferecido fuga a Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, e o pressionado a não fazer delação premiada.
Delcídio foi preso por tentar dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação do senador em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo investigadores, Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça.
A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação. A ideia era fazer com que Cerveró fugisse para o Paraguai.
PRISÃO
A prisão do senador Delcidio do Amaral foi decidida na tarde de ontem pelo ministro Teori Zavascki, que analisa a Operação Lava Jato. O pedido tramita em segredo de Justiça. Nesse momento, desde as 9h, a 2. Turma do STF decide se referenda a decisão de ordem de prisão preventiva dada por Teori Zavascki.
Nesse momento, desde as 9h, a 2. Turma do STF decide se referenda a decisão de ordem de prisão preventiva dada por Teori Zavascki.
Além de Delcídio, também foram presos o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Rodrigues, um advogado que não teve o nome divulgado, e o dono do banco BTG Pactual, André Esteves.
As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões de Delcídio e de Ribeiro são preventivas, que é quando não há data determinada para terminar. As demais são temporárias.CORREIO DO ESTADO
PUBLICIDADE: