BBC ouviu cientistas que previram picos de 5 mil mortes diárias no Brasil sobre queda recente em internações; para Miguel Nicolelis, elas não indicam desaceleração e, no ritmo atual, país pode chegar a 1 milhão de óbitos até 2022
Nos últimos dias, boa parte do mundo desviou sua atenção para a Índia, que desponta como novo epicentro global da pandemia da Covid-19, com cenas trágicas de cremações em estacionamentos e doentes morrendo na porta de hospitais por falta de oxigênio.
Enquanto os holofotes estrangeiros saem do Brasil, hospitais em alguns estados celebram quedas nas internações em UTIs. É o caso de São Paulo, que na quarta-feira (28) apontou baixa de 26,9% nas internações de pessoas com o novo coronavírus em um mês.
Para muitos, os dois movimentos trazem impressão de suposto controle da doença no Brasil, mesmo com o país registrando 3.019 mortes só nas últimas 24 horas, com um total de 398.343 óbitos desde o início da pandemia.
Com uma população seis vezes maior que a brasileira, a mesma Índia que agora ocupa o lugar do Brasil na imprensa internacional teve 3.645 mortes no mesmo período, com um total de 204.832 óbitos. G1