Por exemplo, de acordo com os especialistas, sintomas como perda de paladar ou de olfato ainda não foram associados à estirpe
“Assistimos a um aumento acentuado de casos nos últimos 10 dias. Até agora, foram, na maioria, muito leves, com pacientes com sintomas semelhantes aos da gripe, como tosse seca persistente, febre, suores noturnos, dores no corpo”, contou em entrevista à NBC Chicago o médico Unben Pillay, clínico geral na província de Gauteng, na África do Sul, local onde mais de 80% dos casos da Ômicron foram até ao momento reportados.
Por exemplo, de acordo com os especialistas, sintomas como perda de paladar ou de olfato ainda não foram associados à estirpe. Contudo, vale ressaltar que ainda não há um consenso na comunidade científica.
Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul e uma das primeiras a relatar casos da nova variante Ômicron, relata igualmente a incidência de sintomas “extremamente leves”. Segundo a médica, os pacientes que atendeu não tinham, exatamente, dor de garganta, porém sentiam a “garganta arranhada” e fadiga acentuada.
Os sintomas a ter em atenção
Eis, os sintomas que já foram associados à estirpe Ômicron:
. Tosse seca
. Febre
. Dores musculares
. Cansaço
. Suores noturnos
. Garganta irritada
. Pulsação cardíaca elevada
Sendo que experienciar alguns destes sintomas não confirma um quadro de infecção pela nova variante -, aliás estes podem ser facilmente confundidos com uma gripe comum. Consequentemente, o diagnóstico só poderá ser obtido através da realização de uma análise de sequenciamento genômico.
Dúvidas
Segundo a NBC, há que ter em conta que a maioria dos novos casos da variante Ômicron na África do Sul foram relatados em pessoas entre os 20 e 30 anos. E já é sabido que nesta faixa etária, os indivíduos tendem a ter quadros mais leves da Covid-19, seja qual for a estirpe em ação.
Adicionalmente, pessoas que sofrem de outras comorbidades ou mais idosas tendem a ser mais afetadas pela doença e até ao momento, a comunidade médica não têm uma ideia precisa de como a Ômicron pode afetar estes grupos.
Eric Feigl-Ding, epidemiologista e economista de saúde, refere que “ainda não sabemos o suficiente sobre a gravidade [da nova variante da Covid-19]. E a ‘observação clínica’ é apenas anedótica — não sistemática —, é anti-epidemiologia e não é baseada em evidências. Vamos esperar pelos dados acerca da gravidade”.