Em se tratando de soja, um índice de 30% já seria bom
Trabalho realizado no estado de Goiás revelou que, além do manejo e controle da mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B) e cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), os biológicos BeauveControl e MethaControl tiveram resultados de 43% na supressão do percevejo castanho (Scaptocoris castanea) na soja. Nas plantas analisadas, vinte e seis percevejos ainda se encontrava vivos após dez dias de aplicação, enquanto outros vinte insetos já estavam mortos na coleta.
“Essa é a primeira avaliação na Safra 2017/2018, e eu considero, particularmente, que foi um controle excepcional – principalmente em se tratando de percevejo castanho. Eu digo isso porque todo o controle feito na soja depende muito do clima, da chuva. O ideal seria fazer o controle na safrinha, quando se tem umidade. Para um primeiro ano, pode-se ver um resultado de até 43% de controle, o que é excepcional. Em se tratando de soja, um índice de 30% já seria bom”, afirma Álvaro, representante regional da Simbiose.
O BeauveControl é um inseticida microbiológico formulado do fungo entomopatogenico Beauveria bassiana, recomendado para o controle de mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B) e cigarrinha do milho (Dalbulus maidis). Após o contato com o inseto, o fungo germina em sua superfície penetrando no tegumento, colonizando internamente seu hospedeiro. No processo de colonização, o BeaveControl irá liberar toxinas, que irão causar modificações na fisiologia do inseto, resultando em paralisia de locomoção, alimentação, reprodutiva e posterior morte do inseto-alvo.
MethaControl é um inseticida microbiológico formulado do fungo Metarhizium anisopliae, recomendado para o controle da Mahanarva fimbriolata (cigarrinha-da-raiz), Zulia entreriana (cigarrinha-das-pastagens) e Deois flavopicta (cigarrinha-das-pastagens e cigarrinha-dos-capinzais) em todas as culturas de ocorrência do alvo biológico. A ação do MethaControl (IBCB 425) seria como uma doença na praga. Os esporos entram em contato com o inseto, penetram na sua cutícula colonizando os órgãos internos do hospedeiro, que para de se alimentar e morre.
Fonte: Agrolink