Confinar 2017: sinais de recuperação
para o mercado pecuário no 2º semestre
Evento encerra com cerca de 1300 participantes de todo o Brasil e países vizinhos
A sinalização para o segundo semestre é de estabilidade ou apenas leves altas para o mercado do boi gordo no Brasil. A previsão é do analista sênior do Rabobank Brasil, Adolfo Fontes, palestrante do Confinar, simpósio de gado de corte, promovido pela BeefTec. Entre os dias 23 e 24 cerca de 1300, entre visitantes e inscritos, técnicos, pecuaristas e estudantes, brasileiros e de países vizinhos, participaram do evento no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande (MS).
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“Temos de analisar do ponto de vista de uma produção mais intensificada, não só a questão de preços da arroba do boi, que no momento estamos um pouco sem referência no mercado dada as últimas circunstâncias do setor. Estruturalmente temos um cenário de bezerros mais baratos, em relação ao que era praticado no ano passado. O milho também está mais baixo do que o negociado no ciclo anterior, com uma expectativa de queda ainda maior para o período de safrinha. Então teremos oportunidades boas para travar custos em um patamar muito baixo. Nesse momento é necessário dividir a estratégia de venda em alguns cenários possíveis, de curto, médio e longo prazo”, esclarece o palestrante.
Segundo o organizador do Confinar 2017 e pecuarista, Rodrigo Spengler, apesar da situação frágil em que se encontra a pecuária, o objetivo do evento foi alcançado. “Conhecemos possíveis impactos negativos do cenário brasileiro sobre toda a cadeia pecuária. E são nesses momento que mais precisamos de tecnologia para inverter o quadro e atingirmos maior nível técnico da porteira para dentro, com gestão eficiente, e apresentar ao mercado o que o produtor rural entrega diariamente às unidades frigoríficas, carne de qualidade”, afirma o organizador. “Cumprimos com nosso objetivo de levar novas informações de temas variados, deixando nossa contribuição para centenas de propriedades rurais”, avalia.
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Consumo da proteína
Registros positivos de consumo de carne no mercado interno, como alcançados em 2014, segundo o analista, só em 2019. “Em termos de fundamentos, o segundo semestre deste ano, deveria ser melhor que os anteriores, primeiro devido aos indicadores econômicos que estavam em uma toada muito positiva, no ponto de vista de recuperação de emprego, já a partir já do mês de abril deste ano. Ou seja, tudo indicava para que pudéssemos crescer o consumo interno no segundo semestre, que corresponde a 80% da nossa produção, portanto, uma grande importância na formação de preços. E agora, já não sabemos mais se as reformas que tramitam no Congresso vão passar ou não, é uma visão que nenhum outro analista poderia afirmar, já que não temos uma visão clara do que possa acontecer. Temos de esperar um pouco para definir isso”, explica Fontes
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Apesar da queda do preço do boi gordo, mantivemos uma margem está positiva. Mas em 2018, o cenário será ainda melhor. E para chegar até lá, ele indica o uso de ferramentas que possam travar a receita do pecuaristas, focando na margem e dividindo estratégias, não só pensando a curto prazo. “Ferramentas como bolsa de valores e bancos podem nos auxiliar no travamento da receita. Quanto às estratégias, precisamos lembrar que o gado que compramos hoje, será comercializado daqui seis meses ou um ano, de acordo com o sistema em que se está trabalhando, e isso fazer parte das contas”, detalha.
Em relação ao mercado internacional Adolfo Fontes seleciona três países para apresentar possíveis posicionamentos. “Forma-se um cenário bastante interessante. As questões de moeda, com toda a volatilidade que aconteceu no pós Trump, tudo indica que começa a se assentar. Temos também o Egito, grande comprador brasileiro de carnes, que saiu do mercado, por perder muito valor da moeda deles em relação ao dólar, a tendência é que essa situação vá se normalizando. E também podemos citar a China, que está comprando muito mais. Além das temos possibilidades de abertura de novos mercados”, destaca.
JL MAT.CONST.
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Palestrante Adolfo Fonte, Rabobank Brasil
“Mostramos que temos capacidade de passar informações em momentos de crise, pós Operação Carne Fraca, por exemplo. O Brasil está muito bem estruturado para ocupar espaços no mercado internacional, mas precisamos arrumar a casa, para que não tenhamos tanto “soluços”, como acontecem em 2017.
Fontes é analista e atua no desenvolvimento de pesquisas na área de proteína animal. Além disso, o executivo ocupou por cinco anos o cargo de coordenador de inteligência de mercado para uma grande empresa líder no setor de nutrição animal, além de ter atuado na área de pesquisa e consultoria para outras empresas. Durante o Confinar 2017, ele fará a apresentação do quadro de oferta e demanda no mercado brasileiro, comparando com a demanda internacional.
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