Inflação, tarifa de água e energia e mensalidade escolar vão mexer com seu bolso.
Se você não ganhou o prêmio da Mega-Sena da Virada, prepare-se. Diante de um cenário de crise econômica que vem ganhando força a cada dia, o ano de 2016 não deve ser nada fácil.
A inflação – aumento no nível de preços de produtos e serviços – que fechou 2015 em 10,8% (estimativa do Banco Central) deve assustar neste novo ano. A estimativa do próprio BC é de 6,2%, mas especialistas avaliam que este número deve ser maior. Apesar dos índices parecerem baixos, o consumidor sente no bolso ao fazer compras no mercado, por exemplo.
Vilã dos orçamentos no ano passado e responsável pelo aumento expressivo no valor de produtos e serviços, a tarifa de energia elétrica, no país, deverá subir em 2016. A estimativa é de aumento médio de 4,6% nas contas dos brasileiros.
A locomoção também será mais difícil para o campo-grandense. O preço dos combustíveis fica mais caro a partir deste primeiro dia do ano. O consumidor começa o ano pagando, em média, 14,54% a mais pelo litro da gasolina em relação ao preço praticado no começo de 2015. A alta é de de 25,59% para o diesel comum e de 40,88% para o etanol. Quem depende do transporte público já está pagando, desde o dia 19 de novembro, R$ 0,25 a mais por passagem.
Já no próximo dia 3 de janeiro começa a vigorar também o novo valor da tarifa de água em Campo Grande. O consumidor pagará, em média (dependendo da faixa de consumo), 19,5% mais caro em relação ao que era cobrado em janeiro de 2015.
Com o reajuste de R$ 92 no salário mínimo, itens como educação, alimentação fora de casa e empregada doméstica devem pesar mais no bolso.
Os pais irão pagar, este ano, mensalidade escolar até 10% mais caras. Isso sem falar no preço dos materiais, que estão 30% mais caros nas papelarias.
E não é só uma visão pessimista. A conceituada revista ‘The Economist’, em sua primeira publicação do ano, traz reportagem sobre um cenário ‘tenebroso’ que o Brasil tem pela frente sob o comando de Dilma Rousseff. “Apenas decisões difíceis podem trazer o Brasil de volta a seu caminho”, continua a Economist, defendendo reformas na Previdência e na legislação trabalhista que “torna muito caro para as empresas demitirem até os empregados incompetentes”.
Na visão da Economist, no entanto, reformas do tipo dificilmente devem ser colocadas em prática. “Neste momento, Dilma Rousseff não parece ter estômago para elas.” Correio do estado.