Casal Olarte deve deixar presídio hoje e será monitorado por tornozeleira
Gilmar e Andreia Olarte devem deixar o presídio em Campo Grande ainda na tarde desta terça-feira (27). Conforme o jornal Correio do Estado, a decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal da capital concedeu a liberdade do casal diante de pagamento de fiança de R$ 15 mil para cada um. Eles estavam presos desde o dia 15 de agosto acusados de corrupção com esquema de lavagem de dinheiro. Foi determinado que os dois permaneçam em prisão domiciliar e usem tornozeleiras para monitoração.
Dentre as medidas que o casal precisa seguir com a determinação estão o comparecimento na justiça mensalmente para comprovar atividades, ficar obrigatoriamente na capital, não manter contato com outros denunciados ou testemunhas do processo.
De segunda a sexta-feira, os dois devem estar em casa das 20h às 6h, ou seja, ao anoitecer e amanhecer devem voltar para casa. Aos sábados, domingos e feriados o casal está proibido de sair da residência. Ainda conforme O Correio do Estado a análise do juiz aponta que as prisões de Gilmar e a esposa não são mais necessárias porque a denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) já foi encaminhada à Justiça, a investigação já foi encerrada e Olarte já renunciou o cargo de vice-prefeito da Capital.
O advogado do casal, informou que ambos devem deixar o presídio nesta tarde, sendo que o dinheiro para isso já está sendo levantado.
As investigações tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andreia Olarte e de sua empresa, a Casa da Esteticista, além de informações de que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto seu marido ocupava o cargo de prefeito de Campo Grande, sua esposa adquiriu vários imóveis na capital. Ainda conforme o Ministério Público, alguns desses imóveis foram colocados em nome de terceiros, “com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.
Para realizar as ações, o casal contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis e braço direito de Olarte e Andréia nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli, pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andréia Olarte.