Canalhas, irresponsáveis… e vendilhões!
por Izaías Almada
Nunca é demais repetir os adjetivos. E no plural, claro, pois são hoje muitos milhares os que além de não se importar com o Brasil, insultam-nos com cenas de inexplicável deboche e falta de senso estético, não é mesmo ministras Carmen Lúcia e não sei das quantas Dodge? Afinal, era preciso comemorar o recente aumento salarial.
Nos dias que correm, o Brasil surpreende pelo número de canalhices que vão alicerçando a construção de uma sociedade desinformada, corrupta e arrogante.
Muitos de nossos dirigentes ou de integrantes de órgãos que deveriam zelar pela lisura administrativa do país dão demonstrações inequívocas de sua insensibilidade no trato da coisa pública e, desavergonhadamente, tomam medidas que escarnecem, zombam da opinião pública.
O recente aumento proposto para o poder Judiciário é uma dessas canalhices. Nunca antes nesse país o número de sem vergonhas esteve tão bem representado nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário…
O jogo cruel de perseguição ao ex-presidente Lula, antes, durante e depois de aberta a temporada pré-eleitoral de 2018, entra para o perigoso terreno da banalidade e da iniquidade, onde homens e mulheres, colocados em postos de comando em algumas instituições da República Federativa do Brasil, levantam a mão por qualquer “dá cá aquela palha” com o objetivo de impedir o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva de se candidatar para mais um mandato presidencial.
É preciso agradar ao imperialismo econômico com que volta a ser tratada a América Latina, ajoelhar-se e tirar os sapatos para alguns idiotas como Trump. Mostrar-se pessoa de confiança aos traidores do país espalhados em postos de comando ou a banqueiros e empresários, cujo sentido de soberania, independência e construção de um país forte não se sustenta perante algumas malas de dinheiro guardado em apartamentos baianos ou contas bancárias na Suíça e outros paraísos fiscais.
A luta de doze anos para tirar o Brasil do mapa da fome, da miséria esfuma-se diariamente diante de um povo apático, uma imprensa criminosa e uma quadrilha de governantes que fazem corar um Fernandinho Beira Mar ou um Marcola.
Dias ainda mais difíceis se aproximam. O mundo clama pela presunção da inocência do ex-presidente Lula. Juristas internacionais enviam cartas ao governo brasileiro (governo?) pedindo a liberdade de Lula e sua participação de direito nas presidenciais de outubro.
A indigência política brasileira é tal que, exceção feita a Boulos e Manuela D’Ávila e – por enquanto – à dobradinha Lula Haddad, o balaio cheio com todos os outros candidatos não vale um vintém. Pobre Brasil, esse Brasil fatiado e vendido a preço de banana no mercado das almas por alguns dos mais desqualificados cidadãos do país. Desculpe, eu disse cidadãos? Seria melhor dizer meliantes, não?
Libertem o ex-presidente Lula, deixem-no concorrer à presidência ao lado do povo que o ama e respeita. O Brasil precisa se reerguer e sair do atoleiro em que foi metido por uma direita irresponsável e seus seguidores previamente instruídos por cursinhos administrados fora do país.