Defesa do ex-governador entrou com recurso hierárquico administrativo, cujo objetivo é fazer o presidente mudar decisão do interventor federal, general Braga Netto
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POLÍTICA ESTRATÉGIA JURÍDICA
Na última sexta-feira (27), três dias depois de ter sido colocado na solitária, em Bangu 8, por supostamente desrespeitar o promotor André Guilherme, durante inspeção, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral entrou com novo recurso para tentar ser transferido a uma sala do Estado-Maior da Polícia Militar (PM).
Trata-se do chamado recurso hierárquico administrativo, cujo objetivo é fazer o presidente da República, Michel Temer, rever a decisão do interventor federal, general Braga Netto, que negou a transferência do ex-governador. As informações são do colunista Sérgio Cabral, de O Globo.
Para justificar o pedido, o advogado de Cabral, Rodrigo Roca, cita a igualdade de direitos e os casos do ex-presidente Lula e do ex-governador Eduardo Azeredo, presos em uma sala na Polícia Federal em Curitiba e no quartel dos bombeiros, respectivamente.
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Além disso, menciona as dificuldades logísticas para o deslocamento de Cabral durante os depoimentos, prestados no fórum do Centro da capital fluminense. “Um risco para todos durante esse trajeto, considerando-se que a Avenida Brasil no Rio de Janeiro é oficialmente reconhecida como o trajeto mais perigoso de todo o estado”.
Lista, ainda, a preocupação com a integridade da família do ex-governador. “Seus familiares frequentam filas comuns com parentes e amigos de detentos que só estão alojados no Complexo de Gericinó pelo intenso combate à criminalidade do governo”, escreveu. “Há, sim, pleno perigo real e iminente à vida e integridade física do suplicante, uma vez que no pátio de visitas […] estão milicianos, homicidas e ex-policiais expulsos da corporação justamente entre 2007 e 2014”, continua.
Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016 e suas condenações já somam mais de 120 anos de pena.