Rotina de Marluce Matlock mudou com os transtornos causados pelo inesperado frio que atingiu o sul dos EUA. Moradores de Houston e de outras cidades texanas sofrem com falta de água e desabastecimento em mercados.
A forte onda de frio que atingiu o sul dos Estados Unidos nesta semana mudou a rotina da brasileira Marluce Matlock. A aposentada mora em Houston, no Texas, onde as temperaturas costumam ser bem mais amenas do que as registradas nos últimos dias na cidade. Veja o VÍDEO acima.
Nevascas foram registradas por todo o estado, inclusive na região da fronteira com o México. Voos foram cancelados e mais de 4 milhões de moradores ficaram sem energia. Mais de 20 pessoas morreram em decorrência do frio, e a vacinação contra a Covid-19 precisou ser paralisada. O presidente Joe Biden chegou a declarar emergência para facilitar a alocação de recursos para o Texas.
Uma das cidades mais atingidas foi justamente Houston, onde mora a aposentada brasileira. Marluce conta que os moradores têm enfrentado transtornos que não eram previstos pelas autoridades texanas.
“A situação em Houston está muito caótica. Sem eletricidade, sem água, as pessoas estão sem saber o que fazer. O estado não estava preparado para um frio como este, muito menos para neve”, diz Marluce.
Com o frio e o congelamento dos canos, a pressão da água que sai das torneiras da casa onde vive a brasileira não é suficiente. “Não dá para a máquina de lavar prato, não dá para usar a máquina de lavar roupa porque a água não tem força. Graças a Deus está saindo um pouco, porque tem gente que não tem água”, ilustra.
Isso tem sido um transtorno muito grande, porque a falta de água tem atingido hospitais de Houston — inclusive onde há pessoas internadas pelo coronavírus. As autoridades ainda alertam que as pessoas devem ferver a água antes de consumir, porque, após muito tempo parada nos canos, ela pode chegar com impurezas.
Para cozinhar, a família de Marluce usa uma grelha que funciona a gás no quintal para fazer comida. O alimento que estava na geladeira foi colocado em bolsas térmicas, também no lado de fora da casa.
“Aqui fora está tão frio que dá para preservar tudo”, comenta a brasileira. G1