Os trabalhos no Congresso Nacional podem ser ‘trancados’ nos próximos dias diante de uma possível apresentação de denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB), investigado por suspeitas de crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e participação de organização criminosa.
O prazo para que a denúncia seja oferecida vence hoje.
Sem moral e com a popularidade ainda mais baixa – segundo pesquisa Datafolha apresentada no sábado passado, o presidente da República tem a reprovação de 69% dos brasileiros –, Temer ainda tenta negar as acusações e não terá vida fácil até o fim de seu mandato, se conseguir chegar até lá.
Com as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo seu governo em tramitação, a Câmara Federal deverá voltar as atenções para decidir, caso ocorra esse apontamento por parte da PGR, se aceitará ou não essa denúncia.
O fato, segundo especialistas, pode cair como uma ‘bomba’ na Casa e, paralisar todas as ações.
Sem rumo, com número cada vez maior de desempregados, o Brasil corre o risco de entrar em colapso por conta de uma política suja que vem lesando os seus cofres ao longo de anos e que tem também nesse governo, cada dia mais, surpresas negativas à população.
Temer parece viver num mundo paralelo e insiste em continuar no poder, ao invés de pedir o chapéu, renunciar.
Cercado por denúncias e algumas inclusive com provas contundentes, ele só não será colocado ainda mais em xeque se houver o acovardamento da Procuradoria-Geral da República.
O Brasil precisa mudar e a pressão popular nesse momento deve ser grande, incluindo a nova manifestação geral que ocorrerá na próxima sexta-feira.
O presidente precisa entender que não é aceito como legítimo pela população e está ali apenas pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e a brandura do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o absolveu das acusações que pediam a cassação da chapa composta por ele e a petista.
O governo sem moral ainda tenta respirar, mesmo diante de um cenário bastante crítico a ele.