Brasil registra fechamento de 33,9 mil postos formais de trabalho em agosto
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A economia brasileira, ainda sentindo os efeitos da crise, continua fechando vagas de trabalho com carteira assinada. Segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mês de agosto as demissões superaram as contratações em 33.953 empregos.
Os dados, divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (23), revelam que este foi o décimo sétimo mês seguido de fechamento de vagas formais. O último mês com contratações acima das demissões foi março do ano passado, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.
Criação de vagas
Em milhares, para meses de agosto
133,329239,123242,126299,415190,446100,938127,648101,425-86,543-33,95320102015-200-1000100200300400
Fonte: MTE
Apesar de negativo, o resultado do mês passado foi menos ruim do que o registrado em agosto de 2015, quando foram fechados 86.543 postos de trabalho. O pior resultado para meses de agosto foi em 1995, quando 116.856 empregos com carteira assinada foram cortados.
Acumulado do ano
Na parcial dos oito primeiros meses deste ano, as demissões superaram as contratações em 651.288 vagas formais. Foi o pior resultado para este período desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, que, neste caso, começa em 2002.
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Até então, o pior resultado, para o período de janeiro a agosto, havia sido registrado no ano passado – quando foram fechadas 572.792 vagas com carteira assinada.
Os números de criação de empregos formais dos oito primeiros meses do ano, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro a julho. Os dados de agosto ainda são considerados sem ajuste.
O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses até agosto, foi registrada a demissão de 1.656.144 trabalhadores com carteira assinada.
Setores da economia
Em agosto, segundo os números do governo, o setor que mais demitiu foi a construção civil, com fechamento de 22.113 postos formais de trabalho, seguida pela agricultura, com demissão de 15.436 trabalhadores com carteira assinada. Já os serviços fecharam 3.014 vagas no mês passado.
Por outro lado, houve a abertura de 6.294 empregos com carteira assinada pela indústria de transformação em agosto deste ano, ao mesmo tempo em que o comércio registrou a abertura de 888 vagas formais no mês passado. Já a indústria extrativa mineral contratou 366 trabalhadores no período.
Já nos oito primeiros meses deste ano, informou o Ministério do Trabalho, quase todos os setores da economia demitiram trabalhadores, com exceção da administração pública, que abriu 18.631 vagas, e da agricultura (+82.109 empregos com carteira assinada).
O comércio liderou o fechamento de vagas com carteira assinada nos oito primeiros meses deste ano, com 267.267 demissões. Em segundo lugar, está a construção civil, com 164.604 vagas fechadas, seguidaa pelos serviços com 162.922 vagas formais fechadas na parcial deste ano.
Logo depois, vem a indústria de transformação, com 146.249 empregos formais fechados no período, seguida pela indústria extrativa mineral, por sua vez, fechou 5.706 vagas de emprego nos oito primeiros meses deste ano.
Números regionais
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em quase todas as regiões do país nos oito primeiros meses de 2016, com exceção do Centro-Oeste, que abriu 11.231 vagas neste período.
A região Sudeste foi a que teve mais trabalhadores demitidos de janeiro a agosto deste ano, quando 352.799 pessoas perderam o emprego.
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A região Nordeste, por sua vez, registrou a demissão de 204.945 trabalhadores no período, enquanto a região Sul contabilizou o fechamento de 59.079 vagas formais. Já a região Norte fechou 45.696 empregos com carteira assinada nos oito primeiros meses deste ano.
Por estados, o emprego formal apresentou resultado positivo em 13 deles, com destaque para Pernambuco (9.035), impulsionado pelo desempenho positivo da indústria de produtos alimentícios (7.016). Paraíba registrou a criação de 5.905 postos de trabalho, seguida de Alagoas (4.099) e Santa Catarina (3.014).
A maior queda no nível de emprego formal foi registrada no Rio de Janeiro, com o fechamento de 28.321 vagas, impactado pelo ramo Comércio e Administração de Imóveis (-8.395) e Serviços de Alojamento e Alimentação (-4.452). Também houve também perda de vagas em Minas Gerais (-13.121), devido o fim do ciclo de produção de café, e Espírito Santo (-4.862).
Fonte: G 1
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