Clima norte-americano foi o diferencial
O Brasil enviou na semana passada 60.000 toneladas de milho para os Estados Unidos, segundo dados da Refinitiv, um destino de exportação incomum, dado o status do país norte-americano como o maior produtor e exportador de cereais. O milho foi exportado pela Cargill, que confirmou os embarques.
A NovaAgri SA, outra trader local de grãos, disse em comunicado que também enviou 60.000 toneladas de milho para o frigorífico Smithfield Foods, sediado nos EUA, em 3 de setembro, a partir do porto de Santos. Os dados de embarque da Cargonave mostram que um navio chamado King Milo levará cerca de 52.400 toneladas de milho para os Estados Unidos no dia 17 de outubro, a partir do porto de Itacoatiara.
Até agora em 2019, as exportações brasileiras de milho totalizaram 27,46 milhões de toneladas, superando todo o volume vendido no mercado externo no ano passado. Em junho, fontes do mercado disseram que o Brasil estava vendendo milho para os Estados Unidos, com os embarques começando em setembro, uma medida que sustenta a capacidade dos vendedores locais de acessar novos mercados em meio a uma safra recorde.
As fontes disseram que a demanda dos EUA pelo milho no Brasil foi motivada por temores de quebra de safra na América do Norte, já que os agricultores americanos lidaram com questões climáticas adversas no início da estação de plantio. Em um ponto deste ano, esses temores levaram os preços do milho de Chicago a atingirem US $ 4,54 por bushel. Atualmente, o milho está sendo negociado em torno de US $ 3,70, não sendo favoráveis para os produtores e para a demanda.
Fonte: Agrolink