“Quanto mais caro está o combustível, mais eles ganham, mais eles pagam para os acionistas, mais mandam para fora do Brasil. Parece que é coisa orquestrada. A Petrobras não precisa desse lucro excessivo”, também criticou o presidente
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender a privatização da Petrobras e criticou o que chamou de monopólio da estatal no Brasil. “O que não pode é Petrobras ser uma semiestatal com monopólio no Brasil. Eles decidem vou aumentar hoje à noite o diesel. Eles aumentam, não tão nem aí. A Petrobras não passa por mim. Ela é praticamente autônoma”, afirmou durante entrevista ao programa Alerta Nacional, da Rede TV, gravada no último sábado, 28, em Manaus, e exibida nesta segunda-feira, 31.
“Quanto mais caro está o combustível, mais eles ganham, mais eles pagam para os acionistas, mais mandam para fora do Brasil. Parece que é coisa orquestrada. A Petrobras não precisa desse lucro excessivo”, também criticou o presidente, ao voltar a falar em preços abusivos fixados pela estatal. Bolsonaro ainda admitiu que a privatização será um “negócio complicado” e previu que o processo de venda da petroleira vai durar quatro anos.
Com receio de como o aumento dos combustíveis tem impactado na sua popularidade, o presidente tem feito mudanças no comando da Petrobras para segurar os reajustes e dar mais “previsibilidade” de preços em tempos de guerra da Ucrânia com a Rússia. Para isso, Bolsonaro quer reduzir a frequência dos aumentos, num momento em que o impacto da inflação em suas perspectivas de reeleição preocupa o comitê de campanha do presidente.