Nesta segunda-feira (13), o Ibovespa caiu 2,69%, a 91.726 pontos
O principal indicador da bolsa paulista, a B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira (13), de olho na guerra comercial entre Estados Unidos e China, após o governo do país asiático anunciar plano de retaliar o aumento tarifário norte-americano.
O Ibovespa caiu 2,69%, a 91.726 pontos. Veja mais cotações.
Os principais índices de Wall Street também tiveram queda nesta segunda-feira, com o receio de que uma nova sequência de aumentos de tarifas entre os dois países, as maiores economias do mundo, possa empurrar os Estados Unidos para uma recessão.
A guerra comercial afetou ainda a cotação do dólar, que chegou a bater R$ 4. A moeda norte-americana subiu 0,87%, vendida a R$ 3,9795.
“Ainda que os percalços fossem de conhecimento de todos, os investidores estão receosos com o prolongamento da discussão – há quem diga que se estenderá até a próxima eleição em 2020”, afirmou o estrategista-chefe da Levante, consultoria independente de investimentos, em nota a clientes, sobre a disputa comercial entre EUA e China.
As dificuldades nas negociações preocupam agentes no mercado em razão dos efeitos no crescimento global e no consumo de commodities como minério de ferro e soja.
No cenário doméstico, a equipe da Coinvalores chamou a atenção para a deterioração nova rodada negativa nas projeções de atividade. Pesquisa Focus mostrou que a 11ª semana seguida de redução na projeção do PIB em 2019, com economistas agora prevendo crescimento de 1,45%.
Na seara política, agentes de mercado também veem o cenário se mostrando cada vez mais desafiador, e aguardam nesta semana um possível “tsnunami”, que o presidente Jair Bolsonaro, disse na última sexta-feira que o governo pode ter de encarar nesta semana.
Na sexta-feira, o Ibovespa caiu 0,58%, aos 94.257 pontos.
Guerra comercial
A China anunciou nesta segunda que elevará tarifas sobre produtos dos EUA, depois de Washington subir na sexta-feira tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.
A China declarou ainda que nunca vai se render a pressões externas.Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou a China nesta segunda a não retaliar o aumento nas tarifas que ele impôs na semana passada e disse que os consumidores norte-americanos não vão pagar por qualquer aumento nas taxas.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo também influenciou os mercados na sexta-feira, com os Estados Unidos elevando as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses depois que Trump disse que Pequim “quebrou o acordo” ao voltar atrás em compromissos anteriores feitos durante meses de negociações.
Fonte: G 1