Boato sobre prisão leva imprensa para frente da casa de André Puccinelli

Ex-governador teria demonstrado preocupação.
Um boato mobilizou parte da imprensa na manhã desta terça-feira (8). Uma possível prisão na casa de André Puccinelli (PMDB) fez muita gente madrugar para não perder a imagem do que acabou não acontecendo. Ninguém compareceu na casa do ex-governador.
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Desde ontem (7) corria boato de que a Polícia Federal poderia ir à casa de Puccinelli, o que deixou todo mundo em alerta, mas até o momento nada aconteceu. O mais curioso é que tudo teria começado por um declaração do próprio ex-governador.
André Puccinelli teria dito a amigos que estava preocupado com a Polícia Federal e já deixou todo mundo em alerta, esperando uma possível prisão ou batida para apreensão de documentos, como tem ocorrido com frequência.
A Polícia Federal tem sido protagonista de várias manchetes de jornais em Mato Grosso do Sul. Eles protagonizaram buscas na casa de Delcídio do Amaral (PT), preso em Brasília, do pecuarista José Carlos Bunlai, também preso, e de vários investigados na Lama Asfáltica, que apura denúncias de desvios milionários na gestão de Puccinelli.
A gestão de Puccinelli é investigada pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União. Há suspeita de desvios milionários na gestão de Puccinelli, que aconteceriam em superfaturamento de Obras e favorecimento a empresas em licitação.
Ontem a reportagem conversou com o delegado regional de combate ao crime organizado, Cléo Mazzotti, e ele garantiu que não deve concluir as investigações sobre a Lama Asfáltica neste ano. Todavia, disse que o trabalho continua e de maneira efetiva.
“Não vamos ficar agindo de forma midiática, pedindo prisão, para no dia seguinte a pessoa estar solta e não atendendo ao anseio da população”, disse o delegado, ressaltando que a Polícia Federal tem compromisso com a condenação, o que necessita de medidas embasadas.
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O delegado diz entender o anseio grande da população para ver os mais poderosos presos, como acontece na Operação Lava Jato, mas ponderou que na investigação não há compromisso com prisão de alguém específico.
“Para nós não tem x ou y. O que importa é a condenação de quem fez um eventual crime e que temos que comprovar”, justificou. Sobre o prazo para término, Mazzotti garante que não há preocupação, visto que o inquérito segue desde 2013 e demanda de um amplo trabalho.
A Força-Tarefa do MPE chegou a prender protagonistas da gestão de Puccinelli. O juiz Carlos Alberto Garcete decretou prisão temporária, por cinco dias, de nove investigados na Operação Lama Asfáltica. Todos eram líderes da gestão do PMDB e ligados a secretaria de Obras do Estado.
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Na ocasião foram detidos o ex-deputado federal Edson Giroto (PR), João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, , Elza Cristina Araújo dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira. Além do MPE, trabalham na investigação a Polícia Federal e CGU. MIDIAMAX