Bilionário já evitou comer transgênicos, mas apoia pesquisa relacionada aos OGMs
O bilionário e co-fundador da Microsoft Bill Gates reconheceu que os alimentos geneticamente modificados “são totalmente seguros para a saúde” e que os vê como uma ferramenta promissora em uma ampla gama de recursos contra a fome no mundo.
Afirmou que “os alimentos geneticamente modificados são perfeitamente saudáveis” e que “a técnica tem a possibilidade de reduzir a inanição e a desnutrição”. Além disso, reconheceu que por não estar certo de sua segurança, ele evitava os alimentos transgênicos, mas que via com decepção que exista gente que veja como sinônimo de qualidade que um alimento não seja biotecnológico.
A postura está em linha com a maioria dos cientistas do mundo. Organizações como a Academia Nacional de Ciências, a Associação Americana para o Avanço da Ciência ou a Comissão Europeia disseram publicamente que os alimentos biotecnológicos são seguros para o seu consumo. Sem esquecer de que quase tudo o que comemos hoje tem sido geneticamente modificado de alguma maneira. Dezenas de cultivos, do milho até a melancia, foram criados seletivamente durante milhares de anos para proporcionar traços que se consideram desejáveis.
Muitos outros produtos, alguns dos quais salvam vidas, poderiam não existir sem ingredientes geneticamente modificados. A insulina, o medicamento do que dependem as pessoas com diabetes para regularem seus níveis açúcar no sangue, é feita com esses ingredientes. O algodão usado na indústria têxtil é quase em sua totalidade geneticamente modificado.
A Fundação Bill e Melinda Gates leva anos investindo em pesquisas orientadas a lutar contra a fome no mundo, muitas delas através de técnicas biotecnológicas. Por exemplo, uma equipe de pesquisadores do Centro de Biotecnologia e Genômicas de Plantas receberam financiamento para obter variedades de milho e arroz que apenas requerem fertilizantes nitrogenados.
Esta não foi a primeira vez que Bill Gates defendeu a biotecnologia agrária, em muitas ocasiões ressaltou que se trata de um modelo agrário como o modelo biotecnológico poderia ajudar notavelmente a reduzir a pobreza e a desnutrição.
Fonte: Agrolink