Brasília – O Banco Central já negociou na manhã desta terça-feira, 29, com o mercado, em seus leilões de linha, uma cotação de dólar acima de R$ 4,25.
As operações são uma combinação de leilão spot, cujo valor de venda pelo BC foi a Ptax de R$ 4,125400, e de leilão a termo.
Na recompra a ser feita pela instituição em 2 de dezembro deste ano, foi definido que o diferencial entre as taxas será de 8,6500 pontos, o que significa uma cotação de R$ 4,2119. O valor a ser pago pelo dólar na recompra leva em conta o prazo da operação.
Até por conta disso, a segunda operação feita hoje, e que tem vencimento em 4 de janeiro de 2016, o diferencial foi maior, de 12,8536 pontos. Considerando a mesma Ptax como câmbio de partida, o negócio leva o BC a fazer a recompra na ocasião em R$ 4,2539.
Desde que voltou a oferecer os leilões de linha, às vésperas do rebaixamento do país pela agência de classificação Standard & Poor’s, o BC ampliou o prazo dos “empréstimos” em dólar e, até por conta desse alongamento, também aceitou pagar um diferencial maior no momento da recompra.
Essas diferenças bruscas de tempo e cotação em um prazo relativamente pequeno refletem o momento de tensão que tem sido visto nos mercados recentemente, em especial o de câmbio.
No primeiro leilão de venda de dólares com compromisso de recompra pelo BC, em 8 de setembro, o prazo mais curto (da operação A) foi 4 de novembro deste ano. Nos leilões seguintes, esse tempo foi sendo ampliado até chegar a setembro do ano que vem.
Ao comparar especificamente as operações com o mesmo vencimento, de 2 de dezembro deste ano, é possível ver que a taxa de corte dos negócios do dia 8 ficou em R$ 3,90800. Em praticamente 20 dias, essa cotação saltou para R$ 4,2119 pelo mesmo período de tempo.
Já a tranche que teve como referência o prazo de 4 de janeiro de 2016, foi negociada a R$ 4,014446 em 10 de setembro; ao diferencial de 12,33 pontos (R$ 4,0433) no dia 24, e hoje ao diferencial de 12,8536 pontos (R$ 4,2539).EXAME
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