Professores e alunos de Direitos protocolaram ação pedindo alteração do conteúdo
Danúbia Burema Em 14h03 – 23/10/2019
Após ação judicial e campanha nas redes sociais, o Google editou definição de professora que continha como sinônimo prostituta. Na tarde desta quarta-feira (23), já é possível conferir como resultado da pesquisa pela profissão ‘mulher que ensina ou exerce professorado’ e feminino de professor.
Até a terça-feira (22), quem pesquisasse pelo termo encontraria entre as respostas ‘prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual’. A situação motivou ação judicial proposta por estudantes de Direito da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Goiás.
“É certo que todas as mulheres, que exercem esta profissão, ao se depararem com a referida definição acessível na internet, sofreram mesmo que indiretamente as consequências de sua disseminação. Foi de extremo teor pejorativo, discriminar a profissão docente feminina, como sendo esta voltada a ‘iniciar’ a vida sexual de seus discentes, deste modo, torna-se claro que não foi respeitado o direito a todo cidadão de ter sua dignidade e imagem preservada, uma vez que tais profissionais são agora, vítimas de comentários maldosos de sua própria profissão”, escreveram em trecho da ação.
A situação ganhou as redes sociais com direito até a campanha pela correção do conteúdo. Em nota, o Google informou que para agilizar as buscas trabalha licenciando conteúdo de dicionários parceiros. Também disse reconhecer a preocupação dos estudantes e que transmitiria aos responsáveis pelo conteúdo.