Na última sexta-feira (24), o peão Luis Fernandes teve novo pedido de habeas corpus negado por unanimidade, em decisão dos juízes da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Luis responde pelo homicídio do ex-prefeito e secretário estadual Dirceu Lanzarini em Amambai, a 352 quilômetros de Campo Grande.
A defesa novamente colocou no pedido a questão da pandemia do coronavírus e pediu o relaxamento da prisão, por conta do excesso de prazo na reavaliação da prisão preventiva. Também pediu revogação da preventiva alegando não haver risco para a instrução criminal ou que fosse concedida liberdade provisória.
Mesmo assim, em acórdão os juízes em decisão unânime decidiram pelo indeferimento do pedido. Então, foi mantida a prisão de Luis Fernandes, que responde pelo homicídio qualificado, por motivo fútil, por dificultar a defesa da vítima e por ser contra pessoa com mais de 60 anos. Ele ainda responde por tentativa de homicídio contra o genro de Lanzarini e posse e porte irregular de arma de fogo.
Relembre o caso
O caso aconteceu em 24 de fevereiro deste ano, mas Luis permaneceu foragido. Assim, somente no dia 12 de março ele se entregou à polícia e confessou o homicídio. Havia suspeita de que o peão teria premeditado o assassinato do ex-prefeito, já que tinha deixado a família na fazenda e quando encontrou Lanzarini estava armado, fato que não era seu costume.
As investigações apontaram que a arma usada no crime já estava em posse de ‘Paraguaio’ há 10 anos. Os dois primeiros disparos foram à queima-roupa, segundo a polícia. Esses atingiram o ex-prefeito, que chegou a ser socorrido em estado grave, mas não resistiu e morreu no hospital. Já o outro disparo atingiu o genro de Lanzarini, que também ficou grave na época.MIDIAMAX