A SES (Secretaria Estadual de Saúde) investiga 11 casos com suspeita de sarampo em Mato Grosso do Sul. Segundo a Secretaria, desde janeiro, 26 casos eram investigados, mas 15 foram descartados. Permanece, entre as suspeitas, o caso da criança de 10 meses, em Campo Grande, que viajou a São Paulo e não era vacinada.
Com relação à criança, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirma que o primeiro teste foi feito no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) em Campo Grande e ainda não teve resultado divulgado. Será feito outro exame, na Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para isolar o vírus e detalhar o episódio. O resultado deve ser divulgado nos próximos 10 dias.
A Sesau informou que 9 casos eram investigados como suspeitos de sarampo em Campo Grande, mas 8 foram descartados, restando, somente, o da criança. A SES não detalhou quais cidades de Mato Grosso do Sul abrigam o restante dos casos suspeitos.
Em Campo Grande, as vacinas para imunizar contra o sarampo permanecem disponíveis nas 68 unidades de saúde. Ainda nesta terça-feira (27) nova remessa de vacinas enviada pelo Ministério da Saúde deve chegar a Mato Grosso do Sul e parte será distribuída a Campo Grande. A Secretaria não informou a quantidade.
Segundo a Sesau, o último caso confirmado da doença no estado ocorreu em 2011. Foi uma turista francesa e o caso foi classificado como “importado”.
Sarampo – Além de Paraná e São Paulo, que já tinham registros, agora Goiás também apresentou casos da doença. Ao todo o sarampo, até pouco erradicado do Brasil, está presente em 11 estados, com mais de 1,6 mil casos confirmados e 7,4 mil notificados. O surto é fortemente concentrado no estado de São Paulo, responsáveis por 1.662 casos, 98,9% do total, com ocorrências em 74 municípios.
O aumento no número de casos da doença fez com que o Ministério da Saúde abrisse uma exceção na imunização contra o sarampo: a dose zero, que pode ser aplicada em bebês de 6 meses a menores de 1 ano.
Além da dose zero, há a primeira dose que deve ser aplicada em todas as crianças que completaram 1 ano de idade. Por último, há o reforço ou segunda dose, aplicada aos 15 meses, última dose a ser tomada por toda a vida.