O ex-governador André Puccinelli (PMDB) é realmente um sujeito polêmico. Essa foi sua marca à frente da Prefeitura de Campo Grande e do Governo do Estado. Dono de um estilo arrogante, autoconfiante e vendedor audacioso de sua suposta competência administrativa, o “italiano” viu o mundo dar volta e agora porta uma tornozeleira eletrônica como amarga lembrança dos tempos de poder.
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É acusado de chefiar uma quadrilha que teria desviado pelo menos R$ 150 milhões dos cofres públicos.
Mas, é incrível que até na ‘desgraça’ André Puccinelli ‘causa’. E não é que o ‘mito’ Odilon de Oliveira, o juiz sinônimo de combate aos corruptos e narcotraficantes e que virou tema de filme se absteve de julgá-lo para “não se envolver no caso”?
“Eu posso reconhecer que estou impedido de julgar e foi isso que fiz”, disse laconicamente Odilon de Oliveira ao portal do jornal Correio do Estado, sem explicar o por quê?
Pela envergadura moral que adquiriu ao longo de sua carreira, o mais notável dos juízes do Estado deve explicar aos sul-mato-grossenses as razões da renúncia de julgar o homem acusado pelo maior esquema de roubalheira de dinheiro público da história de Mato Grosso do Sul, a fim de que não paire nenhuma ilação sobre sua decisão.
Odilon x André seria uma versão pantaneira de Moro x Lula.
FOLHA DE DOURADOS