O advogado preso após ser flagrado levando drogas para uma detenta do Presídio Irmã Irma Zorzi, nessa quarta-feira (17), em Campo Grande, disse em depoimento que havia cobrado o valor de R$ 150 para levar os materiais para a interna, mas que não sabia que tinha droga na calça.
Segundo o advogado, e no dia 16 deste mês recebeu uma ligação às 15 horas de alguém que disse ser prima da detenta e perguntou à ele se poderia levar alguns objetos para a interna. Ele questionou o que seriam os objetos, e a mulher disse que eram roupas e produtos de higiene pessoal.
O advogado, então, falou que cobraria R$ 150 pelo serviço. Ele encontrou com a mulher na rua Spipe Calarge, em frente a uma farmácia, e a mulher que estava na garupa de uma moto, que era conduzida por um homem entregou os objetos para ele.
Ele ainda questionou se havia algo de ilícito, mas a mulher disse que não. O advogado ainda disse que conferiu e não viu nada de anormal. O advogado disse que fugiu quando foi flagrado com a droga por ter entrado em desespero, já que por não sabia o que tinha escondido na calça.
Preso com droga sintética
Por volta das 10h15, durante revista nos pertences levados pelo advogado, os agentes penitenciários encontraram 633 papelotes de K4 no cós de uma calça jeans. A droga sintética é composta por ingredientes feitos em laboratório, que provoca efeitos parecidos com o da maconha, mas em maiores proporções. O material seria entregue a uma interna.
Segundo informações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), ao constatar que a droga havia sido descoberta, o advogado tentou fugir do local, mas acabou detido com apoio do Grupamento de Escolta Penitenciária. Há informação que ele chegou a agredir os agentes na tentativa de fugir e foi contido.
Em março deste ano, droga foi encontrada escondida em potes de desodorantes com um advogado. Já em setembro do ano passado, agentes flagraram um advogado tentando entregar porções de maconha escondidas dentro de um tubo de creme dental.
