Do pãozinho à cerveja, a alta do dólar e dos impostos vai mexer em teu bolso.
A alta do dólar superou a barreira psicológica dos R$ 4.
Uma aposta arriscada para aqueles que investem contra os cofres do governo e para a economia do Brasil. Mas, não pense que é apenas uma “guerra” que envolve os poderosos bilionários e o governo. Muitas mercadorias terão seus preços elevados.
O pãozinho nosso de cada dia é estrangeiro, o trigo vem para o Brasil principalmente da Argentina e continuará a ter seus preços majorados.
A carne dos sagrados churrascos de domingo é brasileira, todavia com a alta do dólar os frigoríficos priorizarão enviá-la para o exterior. A carne tende a se tornar peça rara nas gôndolas dos supermercados e ainda mais cara. A cerveja da balada da sexta-feira terá aumento de preço.
O governo que não aumenta impostos, entrou na onda nacional e está fazendo espuma.
Pior para vinhos e uísques – pressão de alta dupla – dólar e imposto.
Os cosméticos também terão uma dupla pressão de alta de preços: muitos são estrangeiros e mesmo os nacionais, tem insumos vindos de outros países, além da majoração de imposto local – peso duplicado em seu bolso.
Mesmo para quem não bebe, não lava cabelo com shampoo, não pinta as unhas e não come pão, as notícias não são boas.
O material de limpeza de sua casa também está sendo atingido pelo aumento de preços – detergentes, desinfetantes, sabões em pó e congêneres, terão seus preços aviltados.
Haverá alguma demora para aumento nos preços da maioria dos medicamentos devido aos elevados estoques existentes no país, mas o aumento virá, mais cedo ou mais tarde. O item “medicamentos”, ocupa o segundo lugar na pauta de importações brasileiras, perde apenas para petróleo.
Para a classe média que comprou passagem de férias para o exterior e torce pelo impeachment da Dilma, as novas também não são interessantes. Terá de optar por um deles – não viajará para o exterior ou passará para o, cada vez menor, bloco do “Fica Dilma”. O impeachment é, sem dúvida, o principal fator de elevação do preço do dólar.
Mario Sergio Lorenzetti – colunista
Fonte: Campo Grande News
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