Relatório da Missão Portas Abertas descreveu a situação dos cristãos na região: “A vida se tornou um inferno para eles”
Dezessete cristãos, incluindo quatro crianças e uma avó, foram mortos a tiros na semana passada por muçulmanos radicais da etnia fulani em Jos, na Nigéria. Os jihadistas invadiram suas casas e começaram a atirar em todos que vissem.
O site Morning Star News informou que o ataque aconteceu na noite de quinta-feira (27). Lucky Kogi, um dos sobreviventes, revelou que dois de seus filhos e 14 membros de sua família foram mortos no massacre.
Rogu Audu, outra testemunha cuja mãe e dois filhos foram assassinados, disse: “Quando os fulani chegaram, entraram nas casas, indo direto para os quartos, atirando em mulheres e crianças indefesas que já estavam deitados”. Ele conta que todas as vítimas eram membros da Igreja Evangélica local.
Testemunhas relatam que soldados do exército nigeriano acompanhavam os radicais, que estavam armados com armas de fogo e facões. Há uma série de pessoas feridas que sofreram cortes profundos em suas cabeças, rostos e mãos. Eles estão recebendo tratamento no Hospital Universitário de Bingham, em Jos.
Milhares de cristãos já foram mortos este ano em ataques de muçulmanos fulani. Para fugir e preservar suas vidas, pelo menos 3.000 pessoas estão refugiadas em outras partes do país.
Um relatório da Missão Portas Abertas descreveu assim situação desses cristãos: “A vida se tornou um inferno para eles. Num piscar de olhos, perderam entes queridos, além de suas casas e tudo pelo qual trabalharam anos. A agonia que eles estão passando é difícil de descrever “, disse um obreiro.
Emeka Umeagbalasi, presidente do conselho da Sociedade Internacional pelas Liberdades Civis, disse ao The Christian Post que os ataques dos jihadistas são feitos com fuzis AK-47 e armas sofisticadas. Isso desmente a versão do governo que nega a motivação religiosa e insiste que trata-se apenas de um conflito tribal.
“Eles demonstram violência apenas contra aldeia cristãs, destroem e saqueiam suas propriedades, além de transformar suas igrejas em mesquitas”, disse Umeagbalasi. Sua convicção é que o objetivo dos terroristas é matar ou expulsar todos os cristãos que vivem no interior da floresta tropical da Nigéria.
Fonte: Gospel Prime