Todos os objetos têm mais de 100 metros de diâmetro, e nenhum deles havia sido anteriormente identificado pela Nasa
Uma rede neural chamada ?Identificador de Objetos Perigosos? (HOI – Hazardous Object Identifier) desenvolvida pela Universidade de Leiden, na Holanda, identificou 11 novos asteróides que podem potencialmente colidir com a Terra, e causar danos catastróficos caso isso aconteça.Veja também:Asteroide de bilhões de anos pode explicar formação do Sistema SolarSol destruirá asteroides ao seu redor pouco antes de morrerAsteroide com lua própria passa perto da Terra
Todos os objetos têm mais de 100 metros de diâmetro, grandes o suficiente para causar uma explosão equivalente à de centenas de armas nucleares, e nenhum deles havia sido identificado anteriormente pela Nasa. A pesquisa focou em objetos a uma distância de no máximo 7,5 milhões de km.Ad
Para treinar a rede neural, os cientistas criaram uma simulação de 10.000 anos de movimentação dos planetas e objetos do sistema solar. Então, partindo de um ?ponto de impacto? no solo, ?voltaram no tempo? revertendo a trajetória de um asteroide fictício até um momento específico. Esta posição foi usada como ponto de partida para a rede neural calcular a probabilidade, momento e local do impacto no futuro.
A HOI obteve precisão de 92,25% nestes impactos simulados, e também identificou 90.99% dos objetos potencialmente perigosos conhecidos pela Nasa, sem ter sido treinada especificamente neles.
Quanto aos novos objetos, não há motivo para alarme, já que nenhum deles é uma ameaça iminente. Não apenas as chances de atingirem a Terra são astronomicamente pequenas, mas eles se aproximarão de nós entre os anos de 2131 e 2923, daqui a centenas de anos.Ad
“Agora sabemos que nosso método funciona, mas certamente gostaríamos de nos aprofundar nas pesquisas com uma rede neural melhor e com mais informações”, disse o astrônomo Simon Portegies Zwart da Leiden University. “A parte complicada é que pequenas perturbações nos cálculos da órbita podem levar a grandes mudanças nas conclusões”.