Os governos do Peru e do Equador declararam na última quarta-feira (30) emergência de saúde de três meses por causa de surtos de gripe aviária. A doença ocasionou no abate de dezenas de milhões de aves na Europa e nos Estados Unidos.
O Peru relatou seu primeiro surto grave do vírus no início de novembro, logo após o México anunciar que começaria a vacinar aves em áreas de alto risco. Declarando uma emergência nacional, o serviço de saúde agrícola peruano ordenou que todas as aves em um surto detectado fossem abatidas e enterradas a pelo menos dois metros de profundidade.
Doris Rodriguez, funcionária do serviço de vida selvagem e florestal do Peru, disse à rádio RPP que cerca de 13.800 aves morreram de gripe aviária, incluindo cerca de 10.000 pelicanos — principalmente nas regiões norte e central do país.
Situação da gripe aviária no Equador
No Equador, o surto foi detectado pela primeira vez no fim de semana passado, em uma granja na província andina de Cotopaxi, levando a medidas de quarentena em áreas potencialmente infectadas.
Cerca de 180.000 aves na área devem ser abatidas para impedir a propagação do vírus, disse o Ministério da Agricultura equatoriano em um comunicado. O governo garantiu a segurança do consumo de ovos e carne de frango.
“Não será possível movimentar aves, produtos e subprodutos de origem aviária” — Ministério da Agricultura do Equador
“Durante os próximos 90 dias, não será possível movimentar aves, produtos e subprodutos de origem aviária como ovos, galinhas, galinhas, entre outros, das explorações afetadas pelo surto”, afirmou o ministério do Equador.
As autoridades locais disseram que o contágio detectado representa apenas 0,15% da população avícola do país, que conta com cerca de 263 milhões de frangos e 16 milhões de aves poedeiras. O setor avícola gera cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do Equador. As informações são da agência de notícias Reuters.