Missão que leva civis para ‘caminhada’ no espaço é lançada pela SpaceX

A SpaceX, empresa de tecnologia espacial de Elon Musk, lançou nesta terça-feira, 10, a missão Polaris Dawn que leva civis para uma “caminhada” no espaço. A viagem tem previsão de cinco dias de duração e conta com quatro pessoas na tripulação: Jared Isaacman, o comandante, Scott Poteet, ex-piloto da Força Aérea, Sarah Gillis e Anna Menon, engenheiras da empresa. Esta é a primeira vez, desde a era Apollo, em 1970, que seres humanos ficarão tão distantes da Terra, há cerca de 1,4 mil quilômetros.

A decolagem, inicialmente prevista para o dia 27 de agosto, do Centro Espacial Kennedy da agência espacial americana (Nasa), na Flórida, sofreu uma sequência de adiamentos devido a problemas técnicos, mau tempo e suspensão da aviação americana. Agora, a Space X se tornará a primeira empresa privada a realizar uma caminhada espacial – com a cápsula Dragon totalmente despressurizada -, o que está sendo considerado como uma revolução para o turismo espacial.

Segundo a Nasa, os cinturões de radiação, áreas que o grupo pretende explorar, são lugares onde as concentrações de partículas de alta energia do sol interagem com a atmosfera da Terra e ficam presas, criando duas faixas perigosas de radiação. Além disso, a espaçonave vai abrir para que os tripulantes possam “caminhar pelo espaço”. Será a primeira vez que astronautas não governamentais encararão esse desafio.

O objetivo final do Programa Polaris é validar a tecnologia da Space X para poder levar civis até o espaço. A missão conta com trajes especiais, recursos inéditos de suporte à vida, pesquisas médicas sobre altitude e teste de conexão de internet no espaço.

Entre os objetivos da Polaris Dawn, também estão o desenvolvimento de pesquisas científicas, como o uso de ultrassom para monitorar, detectar e quantificar êmbolos gasosos venosos, o estudo sobre a doença de descompressão e o entendimento de como a radiação espacial afeta os sistemas humanos além de fornecer amostras biológicas para análises em um Biobanco de longo prazo e a pesquisa sobre a Síndrome Neuro-Ocular Associada ao Voo Espacial (SANS).