Ruqia Haidari, de 20 anos, foi assassinada pelo marido, cerca de seis meses após o casamento.
Uma mulher foi condenada por ser considerada culpada de ter forçado a filha, de 20 anos, a casar com um homem mais velho, no estado de Victoria, na Austrália. A jovem foi depois assassinada pelo marido.
Segundo o The Guardian, Sakina Muhammad Jan foi julgada ao longo de duas semanas depois de ter negado ter obrigado a filha a se casar com o homem, em 2019.
Os procuradores australianos indicaram que a jovem, identificada como Ruqia Haidari, disse à mãe que não se queria casar com Mohammad Ali Halimi. Mesmo assim foi obrigada e a mãe ainda recebeu um dote de 10 mil dólares (cerca de 50 mil reais).
O procurador Darren Renton disse ainda ao júri do caso que a mãe considerou que a filha tinha “perdido o seu valor” por ter se separado de um rapaz e por isso organizou o casamento com o homem mais velho.
O casal se conheceu em 1 de junho de 2019, quando Halimi voou de Perth para Shepparton para se encontrar com Haidari pela primeira vez. Menos de duas semanas depois assinalaram a união numa cerimônia islâmica temporária e casaram-se, de forma definitiva, em agosto.
Seis meses depois, em janeiro de 2020, Halimi matou a jovem na sua casa em Perth. Atualmente ele cumpre uma pena de prisão perpétua, com um mínimo de 19 anos.
Segundo o The Guardian, Haidari tinha dito a várias pessoas que não queria casar com Halimi, incluindo a sua mãe, dois instrutores de condução, um professor, um conselheiro e a polícia.
O júri deliberou durante mais de um dia até emitir o seu veredito esta quinta-feira. No entanto, os jurados não foram informados sobre o homicídio de Haidari durante o julgamento.