O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou ao governo que determinasse o retorno do horário de verão ainda em 2024
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou ao governo que determinasse o retorno do horário de verão ainda em 2024. A proposta será discutida com outros setores e pode entrar em vigor após o segundo turno das eleições municipais.
Foi recomendado pelo ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico] e aprovado pelo CMSE um indicativo de que é prudente, que é viável e que seria um instrumento apontado como importante a volta [do horário de verão].Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em coletiva de imprensa na quinta-feira (19)
O ministro também disse que a decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E essa decisão deve ser tomada em até dez dias (contando a partir de quinta).
Volta do horário de verão fica mais perto de acontecer
O objetivo de determinar o retorno do horário de verão seria deslocar o pico de consumo para um horário com mais geração solar, o que reduziria a necessidade de acionar usinas termelétricas – que são mais caras e poluentes.
- Para relembrar: horário de verão é uma prática adotada em diversos países que consiste em adiantar os relógios em uma hora durante determinados meses do ano. O objetivo principal é aproveitar melhor a luz do sol durante o período em que os dias são mais longos, como a primavera e o verão.
Segundo o ministro de Minas e Energia, a volta do horário de verão poderia economizar R$ 400 milhões ao diminuir a necessidade de acionamento de termelétricas. Mas Silveira disse que ainda não está convencido da necessidade do horário de verão.
“Como assim?”, você pode ter pensado. Para o ministro, há “tranquilidade de que não faltará energia”. Por isso, Silveira pretende analisar outras medidas antes. Entre elas, está o adiantamento de linhas de transmissão e mudanças na operação da usina de Belo Monte, segundo o G1.
- Aliás, o site aponta que a decisão final sobre o horário de verão será técnica e política. Isso porque estamos falando de uma mudança que afetaria a rotina de todos os brasileiros.
Vale lembrar: o horário de verão foi extinto em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Na época, alegou-se que a economia de energia promovida pelo horário de verão era baixa. O famigerado “não vale o incômodo”.
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