Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion de Negev e do Centro Médico de Soroka, em Israel, encontraram resultados positivos que podem estabelecer uma correlação entre o o uso de maconha medicinal com a redução da pressão arterial em idosos com mais de 60 anos..
O estudo contou com 26 pacientes e acompanhou cada pessoa por seis meses: durante três meses, o cobaia consumia a maconha – de variadas formas: seja fumada, consumida por pílulas ou óleo – e durante três meses ele ficava sem a droga.
Através do monitoramento dos estudados com eletrocardiogramas, exames de sangue e monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa), os pesquisadores perceberam que houve redução de 5,0 mmHg na pressão sistólica e 4,5 mmHg na pressão diastólica, em especial nos trinta minutos após o consumo da cannabis. Eles julgam que a redução da dor causada pela maconha pode ter colaborado para a queda dos índices.
“Adultos mais velhos compõem o grupo de usuários de cannabis medicinal que está crescendo mais rapidamente, mas evidências sobre a segurança cardiovascular para essa população ainda são escassas”, explicou o pesquisador Ran Abuhasira, em nota publicada no Eurekalert. “Esse estudo faz parte de um esforço contínuo para prover resultados reais sobre os efeitos fisiológicos da cannabis ao longo do tempo”, diz.
“A nossa pesquisa sobre a Cannabis ainda é muito pequena, e a Universidade de Ben Gurion está na linha de frente avaliando os usos clínicos que a maconha pode ter a partir desses estudos científicos”, afirma Doug Seserman, chefe de pesquisa da Ben-Gurion University of the Negev. “A nova descoberta é apenas mais um de uma vasta coleção que comprovam os benfícios medicinais da maconha”, diz.