Trabalho do britânico Rob Arnold ganhou espaço em galerias na Inglaterra e chama atenção para o problema dos plásticos em oceanos
Uma caminhada à beira-mar foi o que bastou para que um artista da Inglaterra passasse a dedicar a própria vida ao combater à poluição marinha. Desde 2016, quando encontrou uma enseada isolada mas repleta de lixo plástico, o escultor Rob Arnold decidiu não só limpar a praia, mas também expor a degradação ambiental através de sua arte.
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Rob explica que decidiu agir em prol do meio ambiente após descobrir que aves morriam por ingestão de plástico em Midway, um atol localizado no Oceano Pacífico e a mais de 1,6 mil quilômetros de distância das terras firmes no continente mais próximo.
Quase 10 mil toneladas de plástico foram tiradas de mares e rios do planeta desde 2019
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“É inacreditável que uma ilha no meio do Pacífico esteja poluída por lixo humano. É lamentável que tenhamos que perder aves antes de podermos acordar para o problema que criamos”, explicou o artista à ONG Keep Britain Tidy.
Ao mesmo tempo, ele encontrou, perto de casa, uma enseada isolada que canalizou o fluxo marinho e acumulou anos de lixo plástico trazidos pela maré. Apesar do acesso difícil à praia, Rob decidiu limpar o local por conta própria e, em quatro dias, retirou mais de 1,5 mil garrafas da praia.
Desde então, o escultor passou a atuar com ONGs e instituições no combate à poluição. Além de ajudar na limpeza, ele produz obras de arte com o lixo retirado de praias e campos no Reino Unido, muitas delas com críticas ao ‘legado da humanidade’ para o futuro do planeta.
Uma delas é uma representação de uma estátua Moai, também conhecida como ‘Cabeça da Ilha de Páscoa’. “Eu gosto de acreditar que minhas esculturas vão conscientizar as pessoas, encorajá-las a reduzir o uso de plástico e fazer o descarte correto. Precisamos reconhecer que o plástico é um poluente perigoso”, justificou.
A obra ganhou projeção após ser exposta na sede da Real Sociedade Geográfica em Londres, em 2017, durante um evento sobre a poluição de plásticos nos oceanos. “Essa obra vai fazer milhares pararem e se perguntarem o que estamos fazemos com o mundo”, disse o artista à época.
TERRA