Ao longo desta semana, o país registrou cerca de 1,4 mil tremores de terra. Após o fenômeno, autoridades encontraram evidências de magma se espalhando no subsolo e decidiram evacuar a cidade de Grindavik.
Mais de 3 mil moradores de Grindavik, cidade localizada no sudoeste da Islândia, tiveram que deixar as suas casas devido a uma possível erupção vulcânica. A decisão foi tomada pelas autoridades islandesas após o país registrar uma série de terremotos e evidências de magma se espalhando no subsolo.
“Não creio que demore muito para uma erupção, horas ou alguns dias. A probabilidade de uma erupção aumentou significativamente”, disse Thorvaldur Thordarson, professor de vulcanologia da Universidade da Islândia, à emissora estatal RUV.
A Agência de Proteção Civil da Islândia ordenou durante a noite a evacuação completa de Grindavik, uma cidade piscatória próxima, embora tenha enfatizado que não se tratava de uma evacuação de emergência.
Mais de mil tremores de terra
Os terremotos começaram no dia 25 de outubro, mas a frequência se intensificou nos últimos dias. Entre quarta-feira (8) e quinta-feira (9), foram registrados cerca de 1.400 tremores de terra. O mais forte deles foi de magnitude 4,8.
O aumento da atividade sísmica levou ao encerramento do spa geotérmico Lagoa Azul, uma das principais atrações turísticas do país.
Na região, as pessoas chegaram a pensar que um vulcão havia entrado em atividade (a Islândia tem mais de 130 vulcões).
Lava jorra e flui após a erupção de um vulcão na Península de Reykjanes — Foto: Reuters
Histórico
A região de Reykjanes assistiu nos últimos anos a várias erupções em áreas despovoadas, mas acredita-se que o atual surto representa um risco imediato para a cidade, disseram as autoridades.
Reykjanes é um ponto quente vulcânico e sísmico a sudoeste da capital Reykjavik. Em março de 2021, fontes de lava irromperam espetacularmente de uma fissura no solo medindo entre 500 e 750 metros de comprimento no sistema vulcânico Fagradalsfjall da região.
A atividade vulcânica na área continuou durante seis meses naquele ano, levando milhares de islandeses e turistas a visitarem o local. Em agosto de 2022, ocorreu uma erupção de três semanas na mesma área, seguida por outra em julho deste ano.
O sistema Fagradalsfjall, que tem cerca de 6 km de largura e 19 km de comprimento, permaneceu inativo durante mais de 6.000 anos antes das recentes erupções. G1