Na última quarta-feira (18) a cidade de São Paulo registrou a menor temperatura média do ano: 7 °C, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). Além de deixar os brasileiros batendo o queixo, todo esse frio pode afetar o consumo de combustível do carro. Mas por que isso acontece?
Segundo Marcelo Augusto Leal Alves, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), com as temperaturas baixas (abaixo de 10 °C) a pressão de ar dentro dos pneus diminui. “Essa redução faz com que o veículo tenha um aumento da resistência ao rolamento – o carro tem que mandar mais energia para fazer os pneus rolarem –, e isso aumenta o consumo.’
Outro fator, de acordo com o especialista, tem relação com a aerodinâmica do veículo. “Quando está muito frio, a densidade do ar aumenta; isso aumenta a resistência do ar e, consequentemente, da aerodinâmica do veículo. O fenômeno é mais sentido em estradas, quando a velocidade do automóvel é maior”.
Além disso, no inverno extremo pode haver aumento da viscosidade do óleo. Alves explica que com os lubrificantes mais densos, o veículo gasta um pouco mais de combustível para mover o óleo dentro da caixa de câmbio ou do motor.
O especialista aponta que o inverno rigoroso também afeta os carros elétricos. “Nesses veículos há um aumento do consumo da bateria. Além de ter um consumo maior por conta de ligar aquecedor (um problema que não ocorre nos modelos a combustão), as baterias perdem carga em temperaturas baixas”.
Como evitar o consumo excessivo de combustível no frio?
Para diminuir esse problema, o motorista deve deixar o carro longe do frio em uma garagem coberta para que a cabine não precise de muito aquecimento. Também é interessante manter os pneus sempre calibrados e não aquecer o motor antes de sair. Essa prática é algo totalmente desnecessário (já existem sistemas nos veículos que regulam a temperatura para que o motor funcione) e aumenta o consumo de combustível. MS NEWS