São quatro casos em Corumbá, um em Dourados e um em Campo Grande.
Mato Grosso do Sul registrou seis casos de Flurona, que é a infecção simultânea por Covid-19 e Influenza H3N2. Ou seja, o paciente testa positivo para as duas doenças ao mesmo tempo.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os casos foram analisados pelo Laboratório Central (Lacen) e amostras foram enviadas para o Instituto Adolfo Lutz (IAF), em São Paulo, onde foram confirmados.
Dos seis casos, quatro foram registrados em Corumbá, sendo todos em pessoas do sexo masculino, com idades de 5, 9 e 55 anos e um bebê de cinco meses.
Os outros dois casos foram um em Dourados, de um rapaz de 21 anos, e um em Campo Grande, em uma jovem de 19 anos.
Nenhum dos pacientes estavam vacinados contra a Influenza.
Eles já receberam alta.
Campo Grande
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, disse, na manhã desta terça-feira (4), que Campo Grande pode registrar mais casos de Flurona, já que há epidemia de Covi-19 e aumento de casos de H3N2 concomitantemente.
Segundo o secretário, a Capital está preparada para lidar com possível surto de Flurona.
“Estamos preparados. Quando se coloca duas doenças associadas, a gente já teve Covid-19 com dengue em 2020”, lembrou.
No entanto, o secretário disse que não é momento para pânico.
“A H3N2, é uma doença que mata, mas não se compara ao Covid que teve 4.117 óbitos, é completamente diferente esse cenário, tudo tem que ser avaliado, ver a demanda que essas doenças vão criar, as sequelas, e, de acordo com os aumentos súbitos de caso, a gente tomar as medidas sanitárias pertinentes”, disse.
Flurona
Flurona é o nome que se dá quando a mesma pessoa testa positivo tanto para a Covid-19 quanto para a Influenza.
O nome é um neologismo que vem de uma mistura dos nomes dos dois vírus: “flu”, de influenza, e “rona” de coronavírus.
O termo ganhou notoriedade no mundo com a descoberta do primeiro caso do tipo em Israel.
A dupla infecção tem ocorrido no momento em que o mundo enfrenta a pandemia de Covid-19 e surtos de Influenza H3N2, que aumentam os riscos da infecção simultânea.
Confoeme especialistas, a infecção dupla não significa que um supervírus tenha se recombinado a partir de dois vírus, apenas que a pessoa tem duas doenças ao mesmo tempo.
Os dois vírus estão presentes no organismo ao mesmo tempo, mas não interagem entre si e não há qualquer indício de que possam se recombinar para produzir algum tipo novo de ameaça.
No entanto, como tanto a Covid-19 quanto a H3N2 são doenças que podem levar a morte, há riscos. Correio do estado